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Portuguese Bíblia Livre – 1 Samuel
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1 Samuel
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1 Houve um homem de Ramataim de Zofim, do monte de Efraim, que se chamava Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efraimita. 2 E tinha ele duas mulheres; o nome da uma era Ana, e o nome da outra Penina. E Penina tinha filhos, mas Ana não os tinha.
3 E subia aquele homem todos os anos de sua cidade, a adorar e sacrificar ao SENHOR dos exércitos em Siló, de onde estavam dois filhos de Eli, Hofni e Fineias, sacerdotes do SENHOR. 4 E quando vinha o dia, Elcana sacrificava, e dava a Penina sua mulher, e a todos seus filhos e a todas suas filhas, a cada um sua parte.
5 Mas a Ana dava uma parte escolhida; porque amava a Ana, ainda que o SENHOR houvesse fechado sua madre. 6 E sua concorrente a irritava, irando-a e entristecendo-a, porque o SENHOR havia fechado sua madre.
7 E assim fazia cada ano: quando subia à casa do SENHOR, irritava assim à outra; pelo qual ela chorava, e não comia. 8 E Elcana seu marido lhe disse: Ana, por que choras? Por que não comes? E por que está afligido teu coração? Não te sou eu melhor que dez filhos?
9 E levantou-se Ana depois que havia comido e bebido em Siló; e enquanto o sacerdote Eli estava sentado em uma cadeira junto a um pilar do templo do SENHOR, 10 Ela com amargura de alma orou ao SENHOR, e chorou abundantemente.
11 E fez voto, dizendo: SENHOR dos exércitos, se te dispuseres a olhar a aflição de tua serva, e te lembrares de mim, e não te esqueceres de tua serva, mas deres à tua serva um filho homem, eu o dedicarei ao SENHOR todos os dias de sua vida, e não subirá navalha sobre sua cabeça.
12 E foi que quando ela orava longamente diante do SENHOR, Eli estava observando a boca dela. 13 Mas Ana falava em seu coração, e somente se moviam seus lábios, e sua voz não se ouvia; e teve-a Eli por embriagada. 14 Então lhe disse Eli: Até quando estarás embriagada? Afasta-te do vinho.
15 E Ana lhe respondeu, dizendo: Não, senhor meu: mas eu sou uma mulher sofredora de espírito: não bebi vinho nem bebida forte, mas sim que derramei minha alma diante do SENHOR. 16 Não tenhas a tua serva por uma mulher ímpia: porque pela grandeza de minhas angústias e de minha aflição falei até agora.
17 E Eli respondeu, e disse: Vai em paz, e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste. 18 E ela disse: Ache tua serva favor diante de teus olhos. E foi-se a mulher seu caminho, e comeu, e não esteve mais triste.
19 E levantando-se de manhã, adoraram diante do SENHOR, e voltaram, e vieram a sua casa em Ramá. E Elcana se deitou com sua mulher Ana, e o SENHOR se lembrou dela. 20 E foi que corrido o tempo, depois de haver concebido Ana, deu à luz um filho, e pôs-lhe por nome Samuel, dizendo: Porquanto o pedi ao SENHOR.
21 Depois subiu o homem Elcana, com toda sua família, a sacrificar ao SENHOR o sacrifício costumeiro, e seu voto. 22 Mas Ana não subiu, mas sim disse a seu marido: Eu não subirei até que o menino seja desmamado; para que o leve e seja apresentado diante do SENHOR, e fique ali para sempre. 23 E Elcana seu marido lhe respondeu: Faze o que bem te parecer; fica-te até que o desmames; somente o SENHOR cumpra sua palavra. E ficou a mulher, e creu seu filho até que o desmamou.
24 E depois que o desmamou, levou-o consigo, com três bezerros, e um efa de farinha, e uma vasilha de vinho, e trouxe-o à casa do SENHOR em Siló: e o menino era pequeno. 25 E matando o bezerro, trouxeram o menino a Eli.
26 E ela disse: Oh, senhor meu! Vive tua alma, senhor meu, eu sou aquela mulher que esteve aqui junto a ti orando ao SENHOR. 27 Por este menino orava, e o SENHOR me deu o que lhe pedi. 28 Eu, pois, o devolvo também ao SENHOR: todos os dias que viver, será do SENHOR. E adorou ali ao SENHOR.
1 E Ana orou e disse: Meu coração se regozija no SENHOR, Meu poder é exaltado no SENHOR; Minha boca fala triunfante sobre meus inimigos, Porquanto me alegrei em tua salvação.2 Não há santo como o SENHOR: Porque não há ninguém além de ti; E não há refúgio como o nosso Deus.
3 Não faleis tantas coisas soberbas; Cessem as palavras arrogantes de vossa boca; Porque o Deus de todo conhecimento é o SENHOR, E a ele cabe pesar as ações. 4 Os arcos dos fortes foram quebrados, E os fracos se cingiram de força.
5 Os fartos se alugaram por pão: E cessaram os famintos: Até a estéril deu à luz sete, E a que tinha muitos filhos enfermou.
6 O SENHOR mata, e ele dá vida: Ele faz descer ao sepulcro, e faz subir. 7 O SENHOR empobrece, e ele enriquece: Abate, e exalta.
8 Ele levanta do pó ao pobre, E ao necessitado exalta do esterco, Para assentá-lo com os príncipes; E faz que tenham por propriedade assento de honra: Porque do SENHOR são as colunas da terra, E ele assentou sobre elas o mundo.
9 Ele guarda os pés de seus santos, Mas os ímpios perecem em trevas; Porque ninguém será forte por sua força.
10 Diante do SENHOR serão quebrantados seus adversários, E sobre eles trovejará desde os céus: o SENHOR julgará os termos da terra, E dará força a seu Rei, E exaltará o poder de seu ungido.
11 E Elcana se voltou a sua casa em Ramá; e o menino ministrava ao SENHOR diante do sacerdote Eli.
12 Mas os filhos de Eli eram homens ímpios, e não tinham conhecimento do SENHOR. 13 E o costume dos sacerdotes com o povo era que, quando alguém oferecia sacrifício, vinha o criado do sacerdote enquanto a carne estava a cozer, trazendo em sua mão um garfo de três ganchos; 14 E enfiava com ele na caldeira, ou na caçarola, ou no caldeirão, ou no pote; e tudo o que tirava o garfo, o sacerdote o tomava para si. Desta maneira faziam a todo israelita que vinha a Siló.
15 Também, antes de queimar a gordura, vinha o criado do sacerdote, e dizia ao que sacrificava: Da carne que asse para o sacerdote; porque não tomará de ti carne cozida, mas sim crua. 16 E se lhe respondia o homem, Queimem logo a gordura hoje, e depois toma tanta quanto quiseres; ele respondia: Não, mas sim agora a darás: de outra maneira eu a tomarei por força. 17 Era, pois, o pecado dos moços muito grande diante do SENHOR; porque os homens menosprezavam os sacrifícios do SENHOR.
18 E o jovem Samuel ministrava diante do SENHOR, vestido de um éfode de linho. 19 E fazia-lhe sua mãe uma túnica pequena, e a trazia a ele a cada ano, quando subia com seu marido a oferecer o sacrifício costumeiro.
20 E Eli abençoou a Elcana e a sua mulher, dizendo: o SENHOR te dê semente desta mulher em lugar desta petição que fez ao SENHOR. E voltaram a sua casa. 21 E visitou o SENHOR a Ana, e concebeu, e pariu três filhos, e duas filhas. E o jovem Samuel crescia diante do SENHOR.
22 Eli, porém, era muito velho, e ouviu tudo o que seus filhos faziam a todo Israel, e como dormiam com as mulheres que ficavam a postos à porta do tabernáculo do testemunho. 23 E disse-lhes: Por que fazeis coisas semelhantes? Porque eu ouço de todo este povo vossos maus procederes. 24 Não, filhos meus; porque não é boa fama a que eu ouço: que fazeis pecar ao povo do SENHOR.
25 Se pecar o homem contra o homem, os juízes lhe julgarão; mas se alguém pecar contra o SENHOR, quem rogará por ele? Mas eles não ouviram a voz de seu pai, porque o SENHOR os queria matar. 26 E o jovem Samuel ia crescendo e sendo bem estimando diante de Deus e diante dos homens.
27 E veio um homem de Deus a Eli, e disse-lhe: Assim disse o SENHOR: Não me manifestei eu claramente à casa de teu pai, quando estavam em Egito em casa de Faraó? 28 E eu lhe escolhi por meu sacerdote entre todas as tribos de Israel, para que oferecesse sobre meu altar, e queimasse incenso, e trouxesse éfode diante de mim; e dei à casa de teu pai todas as ofertas dos filhos de Israel.
29 Por que pisaste meus sacrifícios e minhas ofertas, que eu mandei oferecer no tabernáculo; e honraste a teus filhos mais que a mim, engordando-vos do principal de todas as ofertas de meu povo Israel? 30 Portanto, o SENHOR o Deus de Israel disse: Eu havia dito que tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; mas agora disse o SENHOR: Nunca eu tal faça, porque eu honrarei aos que me honram, e os que me desprezarem serão rejeitados.
31 Eis que vêm dias, em que cortarei o teu braço, e o braço da casa de teu pai, para que não haja velho em tua casa. 32 E verás competidor no tabernáculo, em todas as coisas em que fizer bem a Israel; e em nenhum tempo haverá velho em tua casa. 33 E não te cortarei de todo homem de meu altar, para fazer-te consumir os teus olhos, e encher teu ânimo de dor; mas toda a descendência de tua casa morrerá no princípio da fase adulta.
34 E te será por sinal isto que acontecerá a teus dois filhos, Hofni e Fineias: ambos morrerão em um dia. 35 E eu suscitarei para mim um sacerdote fiel, que faça conforme o meu coração e a minha alma; e eu lhe edificarei casa firme, e andará diante de meu ungido todos os dias.
36 E será que o que houver restado em tua casa, virá a prostrar-se-lhe por um dinheiro de prata e um bocado de pão, dizendo-lhe: Rogo-te que me constituas em algum ministério, para que coma um bocado de pão.
1 E o jovem Samuel ministrava ao SENHOR diante de Eli: e a palavra do SENHOR era rara naqueles dias; não havia visão manifesta. 2 E aconteceu um dia, que estando Eli deitado em seu aposento, quando seus olhos começavam a escurecer-se, que não podia ver, 3 Samuel estava dormindo no templo do SENHOR, de onde a arca de Deus estava: e antes que a lâmpada de Deus fosse apagada, 4 o SENHOR chamou a Samuel; e ele respondeu: Eis-me aqui.5 E correndo logo a Eli, disse: Eis-me aqui; para que me chamaste? E Eli lhe disse: Eu não chamei; volta-te a deitar. E ele se voltou, e deitou-se. 6 E o SENHOR voltou a chamar outra vez a Samuel. E levantando-se Samuel veio a Eli, e disse: Eis-me aqui; para que me chamaste? E ele disse: Filho meu, eu não chamei; volta, e deita-te.
7 E Samuel não havia conhecido ainda ao SENHOR, nem a palavra do SENHOR lhe havia sido revelada. 8 O SENHOR, então, chamou pela terceira vez a Samuel. E ele levantando-se veio a Eli, e disse: Eis-me aqui; para que me chamaste? Então entendeu Eli que o SENHOR chamava ao jovem.
9 E disse Eli a Samuel: Vai, e deita-te: e se te chamar, dirás: Fala, SENHOR, que teu servo ouve. Assim se foi Samuel, e deitou-se em seu lugar.
10 E veio o SENHOR, e ficou ali, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel! Então Samuel disse: Fala, que o teu servo está ouvindo. 11 E o SENHOR disse a Samuel: Eis que farei eu uma coisa em Israel, que a quem a ouvir, lhe retinirão ambos ouvidos.
12 Aquele dia eu despertarei contra Eli todas as coisas que disse sobre sua casa. Em começando, acabarei também. 13 E lhe mostrarei que eu julgarei sua casa para sempre, pela iniquidade que ele sabe; porque seus filhos se corromperam, e ele não os repreendeu. 14 E portanto eu jurei à casa de Eli, que a iniquidade da casa de Eli não será expiada jamais, nem com sacrifícios nem com ofertas.
15 E Samuel esteve deitado até a manhã, e abriu as portas da casa do SENHOR. E Samuel temia revelar a visão a Eli. 16 Chamando, pois, Eli a Samuel, disse-lhe: Filho meu, Samuel. E ele respondeu: Eis-me aqui.
17 E disse: Que é a palavra que te falou o SENHOR? Rogo-te que não a encubras a mim; assim te faça Deus e assim te acrescente, se me encobrires palavra de tudo o que falou contigo. 18 E Samuel se o manifestou tudo, sem encobrir-lhe nada. Então ele disse: o SENHOR é; faça o que bem lhe parecer.
19 E Samuel cresceu, e o SENHOR foi com ele, e não deixou cair por terra nenhuma de suas palavras. 20 E conheceu todo Israel desde Dã até Berseba, que Samuel era fiel profeta do SENHOR. 21 Assim voltou o SENHOR a aparecer em Siló: porque o SENHOR se manifestou a Samuel em Siló com palavra do SENHOR.
1 E Samuel falou a todo Israel. Por aquele tempo saiu Israel a encontrar em batalha aos filisteus, e assentou campo junto a Ebenézer, e os filisteus assentaram o seu em Afeque. 2 E os filisteus apresentaram a batalha a Israel; e travando-se o combate, Israel foi vencido diante dos filisteus, os quais feriram na batalha pelo campo como quatro mil homens.3 E voltado que houve o povo ao acampamento, os anciãos de Israel disseram: Por que nos feriu hoje o SENHOR diante dos filisteus? Tragamos a nós de Siló a arca do pacto do SENHOR, para que vindo entre nós nos salve da mão de nossos inimigos. 4 E enviou o povo a Siló, e trouxeram dali a arca do pacto do SENHOR dos exércitos, que estava assentado entre os querubins; e os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias, estavam ali com a arca do pacto de Deus.
5 E aconteceu que, quando a arca do pacto do SENHOR veio ao campo, todo Israel deu grito com tão grande júbilo, que a terra tremeu. 6 E quando os filisteus ouviram a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no campo dos hebreus? E souberam que a arca do SENHOR havia vindo ao campo.
7 E os filisteus tiveram medo, porque diziam: Veio Deus ao campo. E disseram: Ai de nós! pois antes de agora não foi assim. 8 Ai de nós! Quem nos livrará das mãos destes deuses fortes? Estes são os deuses que feriram ao Egito com toda praga no deserto. 9 Esforçai-vos, ó filisteus, e sede homens, porque não sirvais aos hebreus, como eles vos serviram a vós: sede homens, e lutai.
10 Lutaram, pois, os filisteus, e Israel foi vencido, e fugiram cada qual a suas tendas; e foi feita muito grande mortandade, pois caíram de Israel trinta mil homens a pé. 11 E a arca de Deus foi tomada, e morreram os dois filhos de Eli, Hofni e Fineias.
12 E correndo da batalha um homem de Benjamim, veio naquele dia a Siló, com suas roupas rasgadas e com terra sobre sua cabeça: 13 E quando chegou, eis que Eli que estava sentado em uma cadeira vigiando junto ao caminho; porque seu coração estava tremendo por causa da arca de Deus. Chegado pois aquele homem à cidade, e dadas as novas, toda a cidade gritou.
14 E quando Eli ouviu o estrondo da gritaria, disse: Que estrondo de alvoroço é este? E aquele homem veio depressa, e deu as novas a Eli. 15 Era já Eli de idade de noventa e oito anos, e seus olhos se haviam entenebrecido, de modo que não podia ver.
16 Disse, pois, aquele homem a Eli: Eu venho da batalha, eu escapei hoje do combate. E ele disse: Que aconteceu, filho meu? 17 E o mensageiro respondeu, e disse: Israel fugiu diante dos filisteus, e também foi feita grande mortandade no povo; e também teus dois filhos, Hofni e Fineias, são mortos, e a arca de Deus foi tomada.
18 E aconteceu que quando ele fez menção da arca de Deus, Eli caiu até atrás da cadeira ao lado da porta, e o seu pescoço se quebrou, e ele morreu: porque era homem velho e pesado. E havia julgado a Israel quarenta anos.
19 E sua nora, a mulher de Fineias, que estava grávida, próxima ao parto, ouvindo a notícia que a arca de Deus havia sido tomada, e mortos seu sogro e seu marido, encurvou-se e teve o parto; porque suas dores vieram sobre ela. 20 E ao tempo em que morria, diziam-lhe as que estavam junto a ela: Não tenhas medo, porque deste à luz um filho. Mas ela não respondeu, nem deu atenção.
21 E chamou ao menino Icabode, dizendo: Passada foi a glória de Israel! Por causa arca de Deus que foi tomada, e porque era morto seu sogro, e seu marido. 22 Disse, pois: Passada foi a glória de Israel; porque a arca de Deus foi tomada.
1 E os filisteus, depois de tomarem a arca de Deus, trouxeram-na desde Ebenézer a Asdode. 2 E tomaram os filisteus a arca de Deus, e meteram-na na casa de Dagom, e puseram-na junto a Dagom. 3 E o seguinte dia os de Asdode se levantaram de manhã, e eis Dagom prostrado em terra diante da arca do SENHOR: e tomaram a Dagom, e voltaram-no a seu lugar.4 E voltando-se a levantar de manhã o dia seguinte, eis que Dagom havia caído prostrado em terra diante da arca do SENHOR; e a cabeça de Dagom, e as duas palmas de suas mãos estavam cortadas sobre o umbral, havendo restado a Dagom o tronco somente. 5 Por esta causa os sacerdotes de Dagom, e todos os que no templo de Dagom entram, não pisam o umbral de Dagom em Asdode, até hoje.
6 Porém agravou-se a mão do SENHOR sobre os de Asdode, e assolou-os, e feriu-os com chagas em Asdode e em todos seus termos. 7 E vendo isto os de Asdode, disseram: Não fique conosco a arca do Deus de Israel, porque sua mão é dura sobre nós, e sobre nosso deus Dagom.
8 Mandaram, pois, juntar a si todos os príncipes dos filisteus, e disseram: Que faremos da arca do Deus de Israel? E eles responderam: Passe-se a arca do Deus de Israel a Gate. E passaram ali a arca do Deus de Israel. 9 E aconteceu que quando a houveram passado, a mão do SENHOR foi contra a cidade com grande tormento; e feriu os homens daquela cidade desde o pequeno até o grande, que se encheram de chagas.
10 Então enviaram a arca de Deus a Ecrom. E quando a arca de Deus veio a Ecrom, os ecronitas deram vozes dizendo: Passaram a mim a arca do Deus de Israel para matar a mim e a meu povo.
11 E enviaram a juntar todos os príncipes dos filisteus, dizendo: Despachai a arca do Deus de Israel, e torne-se a seu lugar, e não mate a mim nem a meu povo: porque havia tormento de morte em toda a cidade, e a mão de Deus se havia ali agravado. 12 E os que não morriam, eram feridos de chagas; e o clamor da cidade subia ao céu.
1 E esteve a arca do SENHOR na terra dos filisteus sete meses. 2 Então os filisteus, chamando os sacerdotes e adivinhos, perguntaram: Que faremos da arca do SENHOR? Declarai-nos como a devemos tornar a enviar a seu lugar.3 E eles disseram: Se enviais a arca do Deus de Israel, não a envieis vazia; mas lhe pagareis a expiação: e então sereis sãos, e conhecereis por que não se afastou de vós sua mão. 4 E eles disseram: E que será a expiação que lhe pagaremos? E eles responderam: Conforme o número dos príncipes dos filisteus, cinco chagas de ouro, e cinco ratos de ouro, porque a mesma praga que todos têm, têm também vossos príncipes.
5 Fareis, pois, as formas de vossas chagas, e as formas de vossos ratos que destroem a terra, e dareis glória ao Deus de Israel: talvez aliviará sua mão de sobre vós, e de sobre vossos deuses, e de sobre vossa terra. 6 Mas por que endureceis vosso coração, como os egípcios e Faraó endureceram seu coração? Depois que os houve assim tratado, não os deixaram que se fossem, e se foram?
7 Fazei, pois, agora um carro novo, e tomai logo duas vacas que criem, às quais não haja sido posto jugo, e preparai as vacas ao carro, e fazei voltar de detrás delas seus bezerros a casa. 8 Tomareis logo a arca do SENHOR, e a poreis sobre o carro; e ponde em uma caixa ao lado dela as joias de ouro que lhe pagais em expiação: e a deixareis que se vá. 9 E olhai: se sobe pelo caminho de seu termo a Bete-Semes, ele nos fez este mal tão grande; e se não, teremos certeza de que não foi sua mão que nos feriu, mas nos foi coincidência.
10 E aqueles homens o fizeram assim; pois tomando duas vacas que criavam, prepararam-nas ao carro, e encerraram em casa seus bezerros. 11 Logo puseram a arca do SENHOR sobre o carro, e a caixa com os ratos de ouro e com as formas de suas chagas. 12 E as vacas se encaminharam pelo caminho de Bete-Semes, e iam por um mesmo caminho andando e bramando, sem desviar-se nem à direita nem à esquerda: e os príncipes dos filisteus foram atrás elas até o termo de Bete-Semes.
13 E os de Bete-Semes ceifavam o trigo no vale; e levantando seus olhos viram a arca, e alegraram-se quando a viram.
14 E o carro veio ao campo de Josué Bete-Semita, e parou ali porque ali havia uma grande pedra; e eles cortaram a madeira do carro, e ofereceram as vacas em holocausto ao SENHOR. 15 E os levitas baixaram a arca do SENHOR, e a caixa que estava junto a ela, na qual estavam as joias de ouro, e puseram-nas sobre aquela grande pedra; e os homens de Bete-Semes sacrificaram holocaustos e mataram vítimas ao SENHOR naquele dia.
16 O qual vendo os cinco príncipes dos filisteus, voltaram a Ecrom o mesmo dia.
17 Estas, pois, são as chagas de ouro que pagaram os filisteus ao SENHOR em expiação: por Asdode uma, por Gaza uma, por Asquelom uma, por Gate uma, por Ecrom uma; 18 E ratos de ouro conforme ao número de todas as cidades dos filisteus pertencentes aos cinco príncipes, desde as cidades fortes até as aldeias sem muro; e até a grande pedra sobre a qual puseram a arca do SENHOR, pedra que está no campo de Josué, bete-semita, até hoje.
19 Então feriu Deus aos de Bete-Semes, porque haviam olhado no arca do SENHOR; feriu no povo cinquenta mil e setenta homens. E o povo pôs luto, porque o SENHOR lhe havia ferido de tão grande praga. 20 E disseram os de Bete-Semes: Quem poderá estar diante do SENHOR o Deus santo? e a quem subirá desde nós?
21 E enviaram mensageiros aos de Quriate-Jearim, dizendo: Os filisteus devolveram a arca do SENHOR: descei, pois, e levai-a a vós.
1 E vieram os de Quriate-Jearim, e levaram a arca do SENHOR, e meteram-na em casa de Abinadabe, situada no morro; e santificaram a Eleazar seu filho, para que guardasse a arca do SENHOR. 2 E aconteceu que desde o dia que chegou a arca a Quriate-Jearim passaram muito dias, vinte anos; e toda a casa de Israel se lamentou, voltando a seguir o SENHOR.3 E falou Samuel a toda a casa de Israel, dizendo: Se de todo vosso coração vos volteis ao SENHOR, tirai os deuses alheios e a Astarote de entre vós, e preparai vosso coração ao SENHOR, e a somente ele servi, e vos livrará da mão dos filisteus. 4 Então os filhos de Israel tiraram aos baalins e a Astarote, e serviram a somente o SENHOR.
5 E Samuel disse: Juntai a todo Israel em Mispá, e eu orarei por vós ao SENHOR. 6 E juntando-se em Mispá, tiraram água, e derramaram-na diante do SENHOR, e jejuaram aquele dia, e disseram ali: Contra o SENHOR temos pecado. E julgou Samuel aos filhos de Israel em Mispá.
7 E ouvindo os filisteus que os filhos de Israel estavam reunidos em Mispá, subiram os príncipes dos filisteus contra Israel: o qual quando houveram ouvido os filhos de Israel, tiveram temor dos filisteus. 8 E disseram os filhos de Israel a Samuel: Não cesses de clamar por nós ao SENHOR nosso Deus, que nos guarde da mão dos filisteus.
9 E Samuel tomou um cordeiro que ainda amamentava, e sacrificou-o inteiro ao SENHOR em holocausto: e clamou Samuel ao SENHOR por Israel, e o SENHOR lhe ouviu.
10 E aconteceu que estando Samuel sacrificando o holocausto, os filisteus chegaram para lutar com os filhos de Israel. Mas o SENHOR trovejou aquele dia com grande estrondo sobre os filisteus, e desbaratou-os, e foram vencidos diante de Israel. 11 E saindo os filhos de Israel de Mispá, seguiram aos filisteus, ferindo-os até abaixo de Bete-Car.
12 Tomou logo Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispá e Sem, e pôs-lhe por nome Ebenézer, dizendo: Até aqui nos ajudou o SENHOR.
13 Foram, pois, os filisteus humilhados, que não vieram mais ao termo de Israel; e a mão do SENHOR foi contra os filisteus todo o tempo de Samuel. 14 E foram restituídas aos filhos de Israel as cidades que os filisteus haviam tomado aos israelitas, desde Ecrom até Gate, com seus termos: e Israel as livrou da mão dos filisteus. E houve paz entre Israel e o amorreu.
15 E julgou Samuel a Israel todo o tempo que viveu. 16 E todos os anos ia e dava volta a Betel, e a Gilgal, e a Mispá, e julgava a Israel em todos estes lugares. 17 Voltava-se depois a Ramá, porque ali estava sua casa, e ali julgava a Israel; e edificou ali altar ao SENHOR.
1 E aconteceu que havendo Samuel envelhecido, pôs seus filhos por juízes sobre Israel. 2 E o nome de seu filho primogênito foi Joel, e o nome do segundo, Abias: foram juízes em Berseba. 3 Mas não andaram os filhos pelos caminhos de seu pai, antes se inclinaram atrás a ganância, recebendo suborno e pervertendo o direito.4 Então todos os anciãos de Israel se juntaram, e vieram a Samuel em Ramá, 5 E disseram-lhe: Eis que tu envelheceste, e teus filhos não vão por teus caminhos: portanto, constitui-nos agora um rei que nos julgue, como todas as nações.
6 E descontentou a Samuel esta palavra que disseram: Dá-nos rei que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. 7 E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo o que te disserem: porque não rejeitaram a ti, mas sim a mim me rejeitaram, para que eu não reine sobre eles.
8 Conforme todas as obras que fizeram desde o dia que os tirei do Egito até hoje, que me deixaram e serviram a deuses alheios, assim fazem também contigo. 9 Agora, pois, ouve sua voz: mas protesta contra eles declarando-lhes o direito do rei que há de reinar sobre eles.
10 E disse Samuel todas as palavras do SENHOR ao povo que lhe havia pedido rei. 11 Disse, pois: Este será o direito do rei que houver de reinar sobre vós: tomará vossos filhos, e os porá em seus carros, e em seus cavaleiros, para que corram diante de seu carro: 12 E se escolherá capitães de mil, e capitães de cinquenta: os porá também a que arem seus campos, e ceifem suas plantações, e a que façam suas armas de guerra, e os equipamentos de seus carros:
13 Tomará também vossas filhas para que sejam perfumistas, cozinheiras, e padeiras. 14 Também tomará vossas terras, vossas vinhas, e vossos bons olivais, e os dará a seus servos. 15 Ele tomará o dízimo de vossas sementes e vossas vinhas, para dar a seus eunucos e a seus servos.
16 Ele tomará vossos servos, e vossas servas, e vossos bons rapazes, e vossos asnos, e com eles fará suas obras. 17 Tomará o dízimo também do vosso rebanho, e sereis seus servos. 18 E clamareis aquele dia por causa de vosso rei que vos havereis escolhido, mas o SENHOR não vos ouvirá naquele dia.
19 Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; antes disseram: Não, mas sim que haverá rei sobre nós: 20 E nós seremos também como todas as nações, e nosso rei nos governará, e sairá diante de nós, e fará nossas guerras.
21 E ouviu Samuel todas as palavras do povo, e referiu-as aos ouvidos do SENHOR. 22 E o SENHOR disse a Samuel: Ouve sua voz, e põe rei sobre eles. Então disse Samuel aos homens de Israel: Ide-vos cada um à sua cidade.
1 E havia um homem de Benjamim, homem valente, o qual se chamava Quis, filho de Abiel, filho de Zeror, filho de Becorate, filho de Afia, filho de um homem de Benjamim. 2 E tinha ele um filho que se chamava Saul, rapaz e belo, que entre os filhos de Israel não havia outro mais belo que ele; do ombro acima sobrepujava a qualquer um do povo.3 E haviam-se perdido as asnas de Quis, pai de Saul; pelo que disse Quis a Saul seu filho: Toma agora contigo algum dos criados, e levanta-te, e vai a buscar as asnas. 4 E ele passou ao monte de Efraim, e dali à terra de Salisa, e não as acharam. Passaram logo pela terra de Saalim, e tampouco. Depois passaram pela terra de Benjamim, e não as encontraram.
5 E quando vieram à terra de Zufe, Saul disse a seu criado que tinha consigo: Vem, voltemo-nos; porque talvez meu pai, deixado o cuidado das asnas, estará aflito por nós. 6 E ele lhe respondeu: Eis que agora há nesta cidade um homem de Deus, que é homem ilustre: todas as coisas que ele disser, sem dúvida virão a suceder. Vamos pois ali; talvez nos ensinará nosso caminho por onde havemos de ir.
7 E Saul respondeu a seu criado: Vamos agora: mas que levaremos ao homem? Porque o pão de nossos alforjes se acabou, e não temos que presentear ao homem de Deus: que temos? 8 Então voltou o criado a responder a Saul, dizendo: Eis que se acha em minha mão a quarta parte de um siclo de prata: isto darei ao homem de Deus, porque nos declare nosso caminho.
9 (Antigamente em Israel qualquer um que ia a consultar a Deus, dizia assim: Vinde e vamos até o vidente: porque o que agora se chama profeta, antigamente era chamado vidente). 10 Disse então Saul a seu criado: Bem dizes; eia, pois, vamos. E foram à cidade de onde estava o homem de Deus. 11 E quando subiam pela encosta da cidade, acharam umas moças que saíam por água, às quais disseram: Está neste lugar o vidente?
12 E elas respondendo-lhes, disseram: Sim; ei-lo aqui diante de ti: apressa-te, pois, porque hoje veio à cidade porque o povo tem hoje sacrifício no alto. 13 E quando entrardes na cidade, vós o encontrareis logo, antes que suba ao alto a comer; pois o povo não comerá até que ele tenha vindo, porquanto ele deve abençoar o sacrifício, e depois comerão os convidados. Subi, pois agora, porque agora o achareis.
14 Eles então subiram à cidade; e quando em meio da cidade estiveram, eis que Samuel que diante deles saía para subir ao alto.
15 E um dia antes que Saul viesse, o SENHOR havia revelado ao ouvido de Samuel, dizendo: 16 Amanhã a esta mesma hora eu enviarei a ti um homem da terra de Benjamim, ao qual ungirás por príncipe sobre meu povo Israel, e salvará meu povo da mão dos filisteus: pois eu olhei a meu povo, porque seu clamor há chegado até mim.
17 E logo que Samuel viu a Saul, o SENHOR lhe disse: Eis que este é o homem do qual te falei; este dominará a meu povo. 18 E chegando Saul a Samuel em meio da porta, disse-lhe: Rogo-te que me ensines onde está a casa do vidente. 19 E Samuel respondeu a Saul, e disse: Eu sou o vidente: sobe diante de mim ao alto, e comei hoje comigo, e pela manhã te despacharei, e te revelarei tudo o que está em teu coração.
20 E das asnas que se te perderam hoje há três dias, deixa de se preocupar com elas, porque se acharam. Mas a quem é todo o desejo de Israel, se não a ti e a toda a casa de teu pai? 21 E Saul respondeu, e disse: Não sou eu filho de Benjamim, das menores tribos de Israel? e minha família não é a mais pequena de todas as famílias da tribo de Benjamim? por que pois me disseste coisa semelhante?
22 E tomando Samuel a Saul e a seu criado, meteu-os na sala, e deu-lhes lugar à cabeceira dos convidados, que eram como uns trinta homens.
23 E disse Samuel ao cozinheiro: Traze aqui a porção que te dei, a qual te disse que guardasses à parte. 24 Então levantou o cozinheiro uma coxa, com o que estava sobre ela, e a pôs diante de Saul. E Samuel disse: Eis que o que estava reservado: põe-o diante de ti, e come; porque foi intencionalmente guardado para ti, quando disse: Eu convidei ao povo. E Saul comeu aquele dia com Samuel.
25 E quando houveram descido do alto à cidade, ele falou com Saul no terraço. 26 E ao outro dia madrugaram: e quando ao raiar da alva, Samuel chamou a Saul, que estava no terraço; e disse: Levanta-te, para que te despache. Levantou-se logo Saul, e saíram fora ambos, ele e Samuel.
27 E descendo eles ao fim da cidade, disse Samuel a Saul: Dize ao jovem que vá diante, (e adiantou-se o jovem); mas espera tu um pouco para que te declare palavra de Deus.
1 Tomando então Samuel um frasco de azeite, derramou-o sobre sua cabeça, e beijou-o, e disse-lhe: Não foi o SENHOR que te ungiu para que sejas líder sobre sua propriedade? 2 Hoje, depois que te tenhas apartado de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: As asnas que havias ido a buscar, se acharam; teu pai pois há deixado já o negócio das asnas, porém está preocupado convosco, dizendo: Que farei acerca de meu filho?3 E quando dali te fores mais adiante, e chegares à campina de Tabor, te sairão ao encontro três homens que sobem a Deus em Betel, levando o um três cabritos, e o outro três tortas de pão, e o terceiro uma vasilha de vinho: 4 Os quais, logo que te tenham saudado, te darão dois pães, os quais tomarás das mãos deles.
5 De ali virás ao morro de Deus de onde está a guarnição dos filisteus; e quando entrares ali na cidade encontrarás uma companhia de profetas que descem do alto, e diante deles saltério, e adufe, e flauta, e harpa, e eles profetizando: 6 E o espírito do SENHOR te arrebatará, e profetizarás com eles, e serás transformado em outro homem.
7 E quando te houverem sobrevindo estas sinais, faze o que te vier à mão, porque Deus é contigo. 8 E descerás antes de mim a Gilgal; e logo descerei eu a ti para sacrificar holocaustos, e imolar sacrifícios pacíficos. Espera sete dias, até que eu venha a ti, e te ensine o que hás de fazer.
9 E foi que assim quando virou ele seu ombro para partir-se de Samuel, mudou-lhe Deus seu coração; e todas estes sinais aconteceram naquele dia. 10 E quando chegaram ali ao morro, eis que a companhia dos profetas que vinha a encontrar-se com ele, e o Espírito de Deus o arrebatou, e profetizou entre eles.
11 E aconteceu que, quando todos os que o conheciam de antes viram como profetizava com os profetas, o povo dizia o um ao outro: Que sucedeu ao filho de Quis? Saul também entre os profetas? 12 E algum dali respondeu, e disse: E quem é o pai deles? Por esta causa se tornou em provérbio: Também Saul entre os profetas? 13 E cessou de profetizar, e chegou ao alto.
14 E um tio de Saul disse a ele e a seu criado: Aonde fostes? E ele respondeu: A buscar as asnas; e quando vimos que não apareciam, fomos a Samuel. 15 E disse o tio de Saul: Eu te rogo me declares que vos disse Samuel. 16 E Saul respondeu a seu tio: Declarou-nos expressamente que as asnas haviam aparecido. Mas do negócio do reino, de que Samuel lhe havia falado, não lhe revelou nada.
17 E Samuel convocou o povo ao SENHOR em Mispá; 18 E disse aos filhos de Israel: Assim disse o SENHOR o Deus de Israel: Eu tirei a Israel do Egito, e vos livre da mão dos egípcios, e da mão de todos os reinos que vos afligiram: 19 Mas vós rejeitastes hoje a vosso Deus, que vos guarda de todas as vossas aflições e angústias, e dissestes: Não, mas sim põe rei sobre nós. Agora pois, ponde-vos diante do SENHOR por vossas tribos e por vossos milhares.
20 E fazendo achegar Samuel todas as tribos de Israel, foi tomada a tribo de Benjamim. 21 E fez chegar a tribo de Benjamim por suas linhagens, e foi tomada a família de Matri; e dela foi tomado Saul filho de Quis. E lhe buscaram, mas não foi achado.
22 Perguntaram pois outra vez ao SENHOR, se havia ainda de vir ali aquele homem. E respondeu o SENHOR: Eis que ele está escondido entre a bagagem. 23 Então correram, e tomaram-no dali, e posto em meio do povo, desde o ombro acima era mais alto que todo o povo.
24 E Samuel disse a todo o povo: Vistes ao que o SENHOR escolheu, que não há semelhante a ele em todo o povo? Então o povo clamou com alegria, dizendo: Viva o rei!
25 Então Samuel recitou ao povo o direito do reino, e escreveu-o em um livro, o qual guardou diante do SENHOR.
26 E enviou Samuel a todo o povo cada um a sua casa. E Saul também se foi a sua casa em Gibeá, e foram com ele o exército, o coração dos quais Deus havia tocado. 27 Porém os ímpios disseram: Como nos há de salvar este? E tiveram-lhe em pouco, e não lhe trouxeram presente: mas ele dissimulou.
1 E subiu Naás amonita, e assentou acampamento contra Jabes de Gileade. E todos os de Jabes disseram a Naás: Faze aliança conosco, e te serviremos. 2 E Naás amonita lhes respondeu: Com esta condição farei aliança convosco, que a cada um de todos vós tire o olho direito, e ponha esta afronta sobre todo Israel.3 Então os anciãos de Jabes lhe disseram: Dá-nos sete dias, para que enviemos mensageiros a todos os termos de Israel; e se ninguém houver que nos defenda, sairemos a ti.
4 E chegando os mensageiros a Gibeá de Saul, disseram estas palavras em ouvidos do povo; e todo o povo chorou a voz em grito. 5 E eis que Saul que vinha do campo, atrás os bois; e disse Saul: Que tem o povo, que choram? E contaram-lhe as palavras dos homens de Jabes.
6 E o espírito de Deus arrebatou a Saul em ouvindo estas palavras, e acendeu-se em ira em grande maneira. 7 E tomando um par de bois, cortou-os em peças, e enviou-as por todos os termos de Israel por meio de mensageiros, dizendo: Qualquer um que não sair após Saul e após Samuel, assim será feito a seus bois. E caiu temor do SENHOR sobre o povo, 8 E contou-lhes em Bezeque; e foram os filhos de Israel trezentos mil, e trinta mil os homens de Judá.
9 E responderam aos mensageiros que haviam vindo: Assim direis aos de Jabes de Gileade: Amanhã em aquecendo o sol, tereis salvamento. E vieram os mensageiros, e declararam-no aos de Jabes, os quais se alegraram. 10 E os de Jabes disseram: Amanhã sairemos a vós, para que façais conosco tudo o que bem vos parecer.
11 E o dia seguinte dispôs Saul o povo em três esquadrões, e entraram em meio do acampamento à vigília da manhã, e feriram aos amonitas até que o dia aquecesse; e os que restaram foram dispersos, tal que não restaram dois deles juntos.
12 O povo então disse a Samuel: Quem são o que diziam: Reinará Saul sobre nós? Dai-nos esses homens, e os mataremos. 13 E Saul disse: Não morrerá hoje ninguém, porque hoje operou o SENHOR salvação em Israel.
14 Mas Samuel disse ao povo: Vinde, vamos a Gilgal para que renovemos ali o reino. 15 E foi todo o povo a Gilgal, e investiram ali a Saul por rei diante do SENHOR em Gilgal. E sacrificaram ali vítimas pacíficas diante do SENHOR; e alegraram-se muito ali Saul e todos os de Israel.
1 E disse Samuel a todo Israel: Eis que, eu ouvi vossa voz em todas as coisas que me haveis dito, e vos pus rei. 2 Agora, pois, eis que vosso rei vai diante de vós. Eu sou já velho e grisalho: mas meus filhos estão convosco, e eu andei diante de vós desde minha juventude até este dia.3 Aqui estou; testemunhai contra mim diante do SENHOR e diante de seu ungido, se tomei o boi de alguém, ou se tomei o asno de alguém, ou se caluniei a alguém, ou se oprimi a alguém, ou se de alguém tomei suborno pelo qual tenha coberto meus olhos; e eu vos restituirei.
4 Então disseram: Nunca nos caluniaste, nem oprimi, nem tomaste algo da mão de nenhum homem. 5 E ele lhes disse: o SENHOR é testemunha contra vós, e seu ungido também é testemunha neste dia, que não achastes em minha mão coisa nenhuma. E eles responderam: Assim é.
6 Então Samuel disse ao povo: o SENHOR é quem fez a Moisés e a Arão, e que tirou a vossos pais da terra do Egito. 7 Agora, pois, aguardai, e eu queixarei de vós diante do SENHOR de todas as justiças do SENHOR, que fez convosco e com vossos pais.
8 Depois que Jacó entrou em Egito e vossos pais clamaram ao SENHOR, o SENHOR enviou a Moisés e a Arão, os quais tiraram a vossos pais do Egito, e os fizeram habitar neste lugar. 9 E esqueceram ao SENHOR seu Deus, e ele os vendeu na mão de Sísera capitão do exército de Hazor, e na mão dos filisteus, e na mão do rei de Moabe, os quais lhes fizeram guerra.
10 E eles clamaram ao SENHOR, e disseram: Pecamos, porque deixamos ao SENHOR, e servimos aos baalins e a Astarote: livra-nos, pois, agora da mão de nossos inimigos, e te serviremos. 11 Então o SENHOR enviou a Jerubaal, e a Bedã, e a Jefté, e a Samuel, e vos livrou da mão de vossos inimigos ao redor, e habitastes seguros.
12 E havendo visto que Naás rei dos filhos de Amom vinha contra vós, me dissestes: Não, mas sim rei reinará sobre nós; sendo vosso rei o SENHOR vosso Deus. 13 Agora, pois, vede aqui vosso rei que haveis escolhido, o qual pedistes; já vedes que o SENHOR pôs sobre vós rei.
14 Se temerdes ao SENHOR e o servirdes, e ouvirdes sua voz, e não fordes rebeldes à palavra do SENHOR, tanto vós como o rei que rainha sobre vós, seguireis ao SENHOR vosso Deus. 15 Mas se não ouvirdes a voz do SENHOR, e se fordes rebeldes às palavras do SENHOR, a mão do SENHOR será contra vós como contra vossos pais.
16 Esperai ainda agora, e olhai esta grande coisa que o SENHOR fará diante de vossos olhos. 17 Não é agora a colheita dos trigos? Eu clamarei ao SENHOR, e ele dará trovões e chuva; para que conheçais e vejais que é grande vossa maldade que tendes feito aos olhos do SENHOR, pedindo-vos rei. 18 E Samuel clamou ao SENHOR; e o SENHOR deu trovões e chuva naquele dia; e todo o povo temeu em grande maneira ao SENHOR e a Samuel.
19 Então disse todo o povo a Samuel: Roga por teus servos ao SENHOR teu Deus, que não morramos: porque a todos os nossos pecados acrescentamos este mal de pedir rei para nós. 20 E Samuel respondeu ao povo: Não temais: vós cometestes todo este mal; mas com tudo isso não vos desvieis de seguir ao SENHOR, mas sim servi ao SENHOR com todo o vosso coração: 21 Não vos desvieis a fim de seguir as vaidades que não aproveitam nem livram, porque são vaidades.
22 Pois o SENHOR não desamparará a seu povo por seu grande nome: porque o SENHOR quis fazer-vos povo seu. 23 Assim que, longe seja de mim que peque eu contra o SENHOR cessando de rogar por vós; antes eu vos ensinarei pelo caminho bom e direito.
24 Somente temei ao SENHOR, e servi-o de verdade com todo vosso coração, porque considerai quão grandes coisas fez convosco. 25 Mas se perseverardes em fazer mal, vós e vosso rei perecereis.
1 Havia já Saul reinado um ano; e reinado que houve dois anos sobre Israel, 2 Escolheu-se logo três mil de Israel: os dois mil estiveram com Saul em Micmás e no monte de Betel, e os mil estiveram com Jônatas em Gibeá de Benjamim; e enviou a todo o outro povo cada um a suas tendas.3 E Jônatas feriu a guarnição dos filisteus que havia no morro, e ouviram-no os filisteus. E fez Saul tocar trombetas por toda a terra, dizendo: Ouçam os hebreus. 4 E todo Israel ouviu o que se dizia: Saul feriu a guarnição dos filisteus; e também que Israel se tornou detestável aos filisteus. E juntou-se o povo sob o comando de Saul em Gilgal.
5 Então os filisteus se juntaram para lutar com Israel, trinta mil carros, e seis mil cavalos, e povo quando a areia que está à beira do mar em multidão; e subiram, e assentaram acampamento em Micmás, ao oriente de Bete-Áven.
6 Mas os homens de Israel, vendo-se postos em apuros, (porque o povo estava em dificuldades), escondeu-se o povo em covas, em fossos, em penhascos, em rochas e em cisternas. 7 E alguns dos hebreus passaram o Jordão à terra de Gade e de Gileade: e Saul se estava ainda em Gilgal, e todo o povo ia atrás dele tremendo.
8 E ele esperou sete dias, conforme ao prazo que Samuel havia dito; mas Samuel não vinha a Gilgal, e o povo se lhe desertava. 9 Então disse Saul: Trazei-me holocausto e sacrifícios pacíficos. E ofereceu o holocausto. 10 E quando ele acabava de fazer o holocausto, eis que Samuel que vinha; e Saul lhe saiu a receber para saudar-lhe.
11 Então Samuel disse: Que fizeste? E Saul respondeu: Porque vi que o povo se me ia, e que tu não vinhas ao prazo dos dias, e que os filisteus estavam juntos em Micmás, 12 Disse-me: Os filisteus descerão agora contra mim a Gilgal, e eu não implorei o favor do SENHOR. Esforcei-me pois, e ofereci holocausto.
13 Então Samuel disse a Saul: Loucamente fizeste; não guardaste o mandamento do SENHOR teu Deus, que ele te havia intimado; porque agora o SENHOR teria confirmado teu reino sobre Israel para sempre. 14 Mas agora teu reino não será durável: o SENHOR buscou para si homem segundo seu coração, ao qual o SENHOR mandou que seja líder sobre seu povo, porquanto tu não guardaste o que o SENHOR te mandou.
15 E levantando-se Samuel, subiu de Gilgal a Gibeá de Benjamim. E Saul contou a gente que se achava com ele, como seiscentos homens. 16 Então Saul e Jônatas seu filho, e o povo que com eles se achava, ficaram em Gibeá de Benjamim: mas os filisteus haviam posto seu acampamento em Micmás.
17 E saíram do acampamento dos filisteus em saque três esquadrões. O um esquadrão tirou pelo caminho de Ofra até a terra de Sual. 18 O outro esquadrão marchou até Bete-Horom, e o terceiro esquadrão marchou até a região que está voltada ao vale de Zeboim até o deserto.
19 E em toda a terra de Israel não se achava ferreiro; porque os filisteus haviam dito: Para que os hebreus não façam espada ou lança. 20 E todos os de Israel desciam aos filisteus cada qual a amolar sua relha, sua enxada, seu machado, ou seu sacho, 21 E cobravam certo preço pelas relhas, pelas enxadas, e pelas forquilhas, e outro para afiar os machados, e as aguilhadas.
22 Assim aconteceu que o dia da batalha não se achou espada nem lança em mão de algum de todo o povo que estava com Saul e com Jônatas, exceto Saul e Jônatas seu filho, que as tinham. 23 E a guarnição dos filisteus saiu ao desfiladeiro de Micmás.
1 E um dia aconteceu, que Jônatas filho de Saul disse a seu criado que lhe trazia as armas: Vem, e passemos à guarnição dos filisteus, que está a aquele lado. E não o fez saber a seu pai.2 E Saul estava no termo de Gibeá, debaixo de uma romãzeira que há em Migrom, e o povo que estava com ele era como seiscentos homens. 3 E Aías filho de Aitube, irmão de Icabode, filho de Fineias, filho de Eli, sacerdote do SENHOR em Siló, levava o éfode; e não sabia o povo que Jônatas se houvesse ido.
4 E entre os desfiladeiros por de onde Jônatas procurava passar à guarnição dos filisteus, havia um penhasco agudo da uma parte, e outro da outra parte; o um se chamava Bozez e o outro Sené: 5 O um penhasco situado ao norte até Micmás, e o outro ao sul até Gibeá.
6 Disse, pois, Jônatas a seu criado que lhe trazia as armas: Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos: talvez fará o SENHOR por nós; que não é difícil ao SENHOR salvar com multidão ou com pouco número. 7 E seu pajem de armas lhe respondeu: Faze tudo o que tens em teu coração: vai, que aqui estou contigo à tua vontade.
8 E Jônatas disse: Eis que, nós passaremos aos homens, e nos mostraremos a eles. 9 Se nos disserem assim: Esperai até que cheguemos a vós; então nos estaremos em nosso lugar, e não subiremos a eles. 10 Mas se nos disserem assim: Subi a nós: então subiremos, porque o SENHOR os entregou em nossas mãos: e isto nos será por sinal.
11 Mostraram-se, pois, ambos à guarnição dos filisteus, e os filisteus disseram: Eis que os hebreus, que saem das cavernas em que se haviam escondido. 12 E os homens da guarnição responderam a Jônatas e a seu pajem de armas, e disseram: Subi a nós, e vos faremos saber uma coisa. Então Jônatas disse a seu pajem de armas: Sobe atrás mim, que o SENHOR os entregou na mão de Israel.
13 E subiu Jônatas escalando com suas mãos e seus pés, e atrás dele seu pajem de armas; e os que caíam diante de Jônatas, seu pajem de armas que ia atrás dele os matava. 14 Esta foi a primeira derrota, na qual Jônatas com seu pajem de armas, mataram como uns vinte homens no espaço de uma meia jeira.
15 E houve tremor no acampamento e pelo campo, e entre toda a gente da guarnição; e os que haviam ido a fazer saques, também eles tremeram, e alvoroçou-se a terra: houve, pois, grande pânico.
16 E as sentinelas de Saul viram desde Gibeá de Benjamim como a multidão estava perturbada, e ia de uma parte à outra, e era desfeita. 17 Então Saul disse ao povo que tinha consigo: Reconhecei logo, e olhai quem tenha ido dos nossos. E depois de terem reconhecido, acharam que faltavam Jônatas e seu pajem de armas.
18 E Saul disse a Aías: Traze a arca de Deus. Porque a arca de Deus estava então com os filhos de Israel. 19 E aconteceu que estando ainda falando Saul com o sacerdote, o alvoroço que havia no campo dos filisteus se aumentava, e ia crescendo em grande maneira. Então disse Saul ao sacerdote: Detém tua mão.
20 E juntando Saul todo o povo que com ele estava, vieram até o lugar da batalha: e eis que a espada de cada um era volta contra seu companheiro, e a mortandade era grande. 21 E os hebreus que haviam estado com os filisteus de tempo antes, e haviam vindo com eles dos arredores ao acampamento, também estes se voltaram a ser com os israelitas que estavam com Saul e com Jônatas.
22 Também todos os israelitas que se haviam escondido no monte de Efraim, ouvindo que os filisteus fugiam, eles também os perseguiram naquela batalha. 23 Assim salvou o SENHOR a Israel aquele dia. E chegou o alcance até Bete-Áven.
24 Porém os homens de Israel foram postos em apuros aquele dia; porque Saul havia conjurado ao povo, dizendo: Qualquer um que comer pão até a tarde, até que tenha tomado vingança de meus inimigos, seja maldito. E todo o povo não havia provado pão. 25 E todo o povo do país chegou a um bosque de onde havia mel na superfície do campo. 26 Entrou, pois, o povo no bosque, e eis que o mel corria; mas ninguém havia que chegasse a mão à sua boca: porque o povo temia o juramento.
27 Porém Jônatas não havia ouvido quando seu pai conjurou ao povo, e estendeu a ponta de uma vara que trazia em sua mão, e molhou-a em um favo de mel, e chegou sua mão a sua boca; e seus olhos se iluminaram. 28 Então falou um do povo, dizendo: Teu pai conjurou expressamente ao povo, dizendo: Maldito seja o homem que comer hoje alimento. E o povo desfalecia.
29 E respondeu Jônatas: Meu pai perturbou o país. Vede agora como foram aclarados meus olhos, por haver provado um pouco deste mel: 30 Quanto mais se o povo houvesse hoje comido do despojo de seus inimigos que achou? não se haveria feito agora maior estrago nos filisteus?
31 E feriram aquele dia aos filisteus desde Micmás até Aijalom: mas o povo se cansou muito. 32 Tornou-se, portanto, o povo ao despojo, e tomaram ovelhas e vacas e bezerros, e mataram-nos em terra, e o povo comeu com sangue.
33 E dando-lhe disso aviso a Saul, disseram-lhe: O povo peca contra o SENHOR comendo com sangue. E ele disse: Vós cometestes transgressão; rolai-me agora aqui uma grande pedra. 34 E Saul voltou a dizer: Espalhai-vos pelo povo, e dizei-lhes que me tragam cada um sua vaca, e cada qual sua ovelha, e degolai-os aqui, e comei; e não pecareis contra o SENHOR comendo com sangue. E trouxe todo o povo cada qual por sua mão sua vaca aquela noite, e ali degolaram.
35 E edificou Saul altar ao SENHOR, o qual altar foi o primeiro que edificou ao SENHOR.
36 E disse Saul: Desçamos de noite contra os filisteus, e os saquearemos até a manhã, e não deixaremos deles ninguém. E eles disseram: Faze o que bem te parecer. Disse logo o sacerdote: Acheguemo-nos aqui a Deus. 37 E Saul consultou a Deus: Descerei atrás dos filisteus? os entregarás em mão de Israel? Mas o SENHOR não lhe deu resposta aquele dia.
38 Então disse Saul: Achegai-vos aqui todos os principais do povo; e sabei e olhai por quem foi hoje este pecado; 39 Porque vive o SENHOR, que salva a Israel, que se for em meu filho Jônatas, ele morrerá de certo. E não houve em todo o povo quem lhe respondesse.
40 Disse logo a todo Israel: Vós estareis a um lado, e eu e Jônatas meu filho estaremos a outro lado. E o povo respondeu a Saul: Faze o que bem te parecer. 41 Então disse Saul ao SENHOR Deus de Israel: Dá perfeição. E foram tomados Jônatas e Saul, e o povo saiu livre. 42 E Saul disse: Lançai sorte entre mim e Jônatas meu filho. E foi tomado Jônatas.
43 Então Saul disse a Jônatas: Declara-me que fizeste. E Jônatas se o declarou, e disse: Certo que provei com a ponta da vara que trazia em minha mão, um pouco de mel: e eis que ei de morrer? 44 E Saul respondeu: Assim me faça Deus e assim me acrescente, que sem dúvida morrerás, Jônatas.
45 Mas o povo disse a Saul: Há, pois, de morrer Jônatas, o que fez esta salvação grande em Israel? Não será assim. Vive o SENHOR, que não há de cair um cabelo de sua cabeça em terra, pois que operou hoje com Deus. Assim livrou o povo a Jônatas, para que não morresse. 46 E Saul deixou de perseguir aos filisteus; e os filisteus se foram a seu lugar.
47 E ocupando Saul o reino sobre Israel, fez guerra a todos seus inimigos ao redor: contra Moabe, contra os filhos de Amom, contra Edom, contra os reis de Zobá, e contra os filisteus: e a de onde quer que se voltava era vencedor. 48 E reuniu um exército, e feriu a Amaleque, e livrou a Israel da mão dos que lhe roubavam.
49 E os filhos de Saul foram Jônatas, Isvi, e Malquisua. E os nomes de suas duas filhas eram, o nome da mais velha, Merabe, e o da mais nova, Mical. 50 E o nome da mulher de Saul era Ainoã, filha de Aimaás. E o nome do general de seu exército era Abner, filho de Ner tio de Saul. 51 Porque Quis pai de Saul, e Ner pai de Abner, foram filhos de Abiel.
52 E a guerra foi forte contra os filisteus todo o tempo de Saul; e a qualquer um que Saul via homem valente e homem de esforço, juntava-lhe consigo.
1 E Samuel disse a Saul: o SENHOR me enviou a que te ungisse por rei sobre seu povo Israel: ouve pois a voz das palavras do SENHOR. 2 Assim disse o SENHOR dos exércitos: Lembro-me do que fez Amaleque a Israel; que se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito. 3 Vai pois, e fere a Amaleque, e destruireis nele tudo o que tiver: e não te apiedes dele: mata homens e mulheres, crianças e bebês que mamam, vacas e ovelhas, camelos e asnos.4 Saul pois juntou o povo, e reconheceu-os em Telaim, duzentos mil a pé, e dez mil homens de Judá. 5 E vindo Saul à cidade de Amaleque, pôs emboscada no vale.
6 E disse Saul aos queneus: Ide-vos, apartai-vos, e saí de entre os de Amaleque, para que não te destrua juntamente com ele: pois que tu fizeste misericórdia com todos os filhos de Israel, quando subiam do Egito. Apartaram-se, pois os queneus dentre os de Amaleque. 7 E Saul feriu a Amaleque, desde Havilá até chegar a Sur, que está à fronteira do Egito.
8 E tomou vivo a Agague rei de Amaleque, mas a todo o povo matou a fio de espada. 9 E Saul e o povo pouparam a Agague, e a o melhor das ovelhas, e ao gado maior, aos grossos e aos carneiros, e a todo o bom: que não o quiseram destruir: mas tudo o que era vil e fraco destruíram.
10 E veio a palavra do SENHOR a Samuel, dizendo: 11 Pesa-me de haver posto por rei a Saul, porque se desviou de me seguir, e não cumpriu minhas palavras. E entristeceu-se Samuel, e clamou ao SENHOR toda aquela noite.
12 Madrugou logo Samuel para ir se encontrar com Saul pela manhã; e foi dado aviso a Samuel, dizendo: Saul veio ao Carmelo, e eis que ele se levantou um monumento, e depois voltando, passou e descido a Gilgal. 13 Veio, pois, Samuel a Saul, e Saul lhe disse: Bendito sejas tu do SENHOR; eu cumpri a palavra do SENHOR.
14 Samuel então disse: Pois que balido de gados e bramido de bois é este que eu ouço com meus ouvidos? 15 E Saul respondeu: De Amaleque os trouxeram; porque o povo poupou ao melhor das ovelhas e das vacas, para sacrificá-las ao SENHOR teu Deus; mas destruímos o resto. 16 Então disse Samuel a Saul: Deixa-me declarar-te o que o SENHOR me disse esta noite. E ele lhe respondeu: Dize.
17 E disse Samuel: Sendo tu pequeno em teus olhos não foste feito cabeça às tribos de Israel, e o SENHOR te ungiu por rei sobre Israel? 18 E enviou-te o SENHOR em jornada, e disse: Vai, e destrói os pecadores de Amaleque, e faze-lhes guerra até que os acabes. 19 Por que, pois, não ouviste a voz do SENHOR, mas em vez disso te voltaste ao despojo, e fizeste o que era mau aos olhos do SENHOR?
20 E Saul respondeu a Samuel: Antes ouvi a voz do SENHOR, e fui à jornada que o SENHOR me enviou, e trouxe a Agague rei de Amaleque, e destruí aos amalequitas: 21 Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, as primícias do anátema, para sacrificá-las ao SENHOR teu Deus em Gilgal.
22 E Samuel disse: Tem o SENHOR tanto contentamento com os holocaustos e vítimas, como em obedecer às palavras do SENHOR? Certamente o obedecer é melhor que os sacrifícios; e o prestar atenção que a gordura dos carneiros: 23 Porque como pecado de adivinhação é a rebelião, e como ídolos e idolatria o infringir. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou para que não sejas rei.
24 Então Saul disse a Samuel: Eu pequei; porque violei o dito do SENHOR e tuas palavras, porque temi ao povo, consenti à voz deles. Perdoa, pois, agora meu pecado, 25 E volta comigo para que adore ao SENHOR.
26 E Samuel respondeu a Saul: Não voltarei contigo; porque rejeitaste a palavra do SENHOR, e o SENHOR te rejeitou para que não sejas rei sobre Israel. 27 E voltando-se Samuel para ir-se, ele lançou mão da orla de sua capa, e rasgou-se.
28 Então Samuel lhe disse: o SENHOR rasgou hoje de ti o reino de Israel, e o deu a teu próximo melhor que tu. 29 E também o Poderoso de Israel não mentirá, nem se arrependerá: porque não é homem para que se arrependa.
30 E ele disse: Eu pequei: mas rogo-te que me honres diante dos anciãos de meu povo, e diante de Israel; e volta comigo para que adore ao SENHOR teu Deus. 31 E voltou Samuel atrás de Saul, e Saul adorou ao SENHOR.
32 Depois disse Samuel: Trazei-me a Agague rei de Amaleque. E Agague veio a ele delicadamente. E disse Agague: Certamente se passou a amargura da morte. 33 E Samuel disse: Como tua espada deixou as mulheres sem filhos, assim tua mãe será sem filho entre as mulheres. Então Samuel cortou em pedaços a Agague diante do SENHOR em Gilgal.
34 Foi-se logo Samuel a Ramá, e Saul subiu a sua casa em Gibeá de Saul. 35 E nunca depois viu Samuel a Saul em toda sua vida: e Samuel chorava por Saul: mas o SENHOR se havia se arrependido de haver posto a Saul por rei sobre Israel.
1 E disse o SENHOR a Samuel: Até quando hás tu de chorar por Saul, havendo-o eu rejeitado para que não reine sobre Israel? Enche teu chifre de azeite, e vem, te enviarei a Jessé de Belém: porque de seus filhos me provi de rei.2 E disse Samuel: Como irei? Se Saul o entender, me matará. O SENHOR respondeu: Toma contigo uma bezerra das vacas, e dize: A sacrificar ao SENHOR vim. 3 E chama a Jessé ao sacrifício, e eu te ensinarei o que hás de fazer; e ungirás a mim ao que eu te disser.
4 Fez pois Samuel como lhe disse o SENHOR: e logo que ele chegou a Belém, os anciãos da cidade lhe saíram a receber com medo, e disseram: É pacífica tua vinda? 5 E ele respondeu: Sim, venho a sacrificar ao SENHOR; santificai-vos, e vinde comigo ao sacrifício. E santificando ele a Jessé e a seus filhos, chamou-os ao sacrifício.
6 E aconteceu que quando eles vieram, ele viu a Eliabe, e disse: De certo diante do SENHOR está seu ungido. 7 E o SENHOR respondeu a Samuel: Não olhes à sua aparência, nem à sua grande estatura, porque eu o rejeito; porque o SENHOR olha não o que o homem olha; pois que o homem olha o que está diante de seus olhos, mas o SENHOR olha o coração.
8 Então chamou Jessé a Abinadabe, e fez-lhe passar diante de Samuel, o qual disse: nem a este o SENHOR escolheu. 9 Fez logo passar Jessé a Samá. E ele disse: Tampouco a este o SENHOR escolheu. 10 E Jessé fez passar seus sete filhos diante de Samuel; mas Samuel disse a Jessé: o SENHOR não escolheu a estes.
11 Então disse Samuel a Jessé: Acabaram-se os moços? E ele respondeu: Ainda resta o mais novo, que apascenta as ovelhas. E disse Samuel a Jessé: Envia por ele, porque não nos assentaremos à mesa até que ele venha aqui. 12 Enviou, pois, por ele, e introduziu-o; o qual era ruivo, de bela aparência e de belo aspecto. Então o SENHOR disse: Levanta-te e unge-o, que este é.
13 E Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o dentre seus irmãos: e desde aquele dia em diante o espírito do SENHOR tomou a Davi. Levantou-se logo Samuel, e voltou-se a Ramá.
14 E o espírito do SENHOR se afastou de Saul, e atormentava-lhe o espírito mau da parte do SENHOR. 15 E os criados de Saul lhe disseram: Eis que agora, que o espírito mau da parte de Deus te atormenta. 16 Diga, pois, nosso senhor a teus servos que estão diante de ti, que busquem alguém que saiba tocar a harpa; para que quando for sobre ti o espírito mau da parte de Deus, ele toque com sua mão, e tenhas alívio.
17 E Saul respondeu a seus criados: Buscai-me pois agora algum que toque bem, e traze-o a mim. 18 Então um dos criados respondeu, dizendo: Eis que eu vi a um filho de Jessé de Belém, que sabe tocar, e é valente e vigoroso, e homem de guerra, prudente em suas palavras, e belo, e o SENHOR é com ele. 19 E Saul enviou mensageiros a Jessé, dizendo: Envia-me a Davi teu filho, o que está com as ovelhas.
20 E tomou Jessé um asno carregado de pão, e uma vasilha de vinho e um cabrito, e enviou-o a Saul por meio de Davi seu filho. 21 E vindo Davi a Saul, esteve diante dele: e amou-o ele muito, e foi feito seu escudeiro.
22 E Saul enviou a dizer a Jessé: Eu te rogo que esteja Davi comigo; porque achou graça em meus olhos. 23 E quando o espírito mau da parte de Deus era sobre Saul, Davi tomava a harpa, e tocava com sua mão; e Saul tinha refrigério, e estava melhor, e o espírito mau se afastava dele.
1 E os filisteus juntaram seus exércitos para a guerra, e congregaram-se em Socó, que é de Judá, e assentaram o campo entre Socó e Azeca, em Efes-Damim.2 E também Saul e os homens de Israel se juntaram, e assentaram o acampamento no vale de Elá, e ordenaram a batalha contra os filisteus. 3 E os filisteus estavam sobre o um monte da uma parte, e Israel estava sobre o outro monte da outra parte, e o vale entre eles:
4 Saiu então um homem do acampamento dos filisteus que se pôs entre os dois campos, o qual se chamava Golias, de Gate, e tinha de altura seis côvados e um palmo. 5 E trazia um capacete de bronze em sua cabeça, e ia vestido com couraças de placas: e era o peso da couraça cinco mil siclos de bronze:
6 E sobre suas pernas trazia caneleiras de ferro, e escudo de bronze a seus ombros. 7 A haste de sua lança era como um lançador de tear, e tinha o ferro de sua lança seiscentos siclos de ferro: e ia seu escudeiro diante dele.
8 E parou-se, e deu vozes aos esquadrões de Israel, dizendo-lhes: Para que saís a dar batalha? não sou eu o filisteu, e vós os servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que venha contra mim: 9 Se ele puder lutar comigo, e me vencer, nós seremos vossos servos: e se eu puder mais que ele, e o vencer, vós sereis nossos servos e nos servireis.
10 E acrescentou o filisteu: Hoje eu desafiei o acampamento de Israel; dá-me um homem que lute comigo. 11 E ouvindo Saul e todo Israel estas palavras do filisteu, perturbaram-se, e tiveram grande medo.
12 E Davi era filho daquele homem efrateu de Belém de Judá, cujo nome era Jessé, o qual tinha oito filhos; e era este homem no tempo de Saul, velho, e de grande idade entre os homens. 13 E os três filhos mais velhos de Jessé haviam ido a perseguir a Saul na guerra. E os nomes de seus três filhos que haviam ido à guerra, eram, Eliabe o primogênito, o segundo Abinadabe, e o terceiro Samá.
14 E Davi era o mais novo. Seguiram, pois, os três maiores a Saul. 15 Porém Davi ia e voltava de perto de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai em Belém. 16 Vinha, pois, aquele filisteu pela manhã e à tarde, e apresentou-se por quarenta dias.
17 E disse Jessé a Davi seu filho: Toma agora para teus irmãos um efá deste grão tostado, e estes dez pães, e leva-o logo ao acampamento a teus irmãos. 18 Levarás também estes dez queijos de leite ao capitão, e cuida de ver se teus irmãos estão bem, e toma garantias deles.
19 E Saul e eles e todos os de Israel, estavam no vale de Elá, lutando com os filisteus. 20 Levantou-se, pois, Davi de manhã, e deixando as ovelhas ao cuidado de um guarda, foi-se com sua carga, como Jessé lhe havia mandado; e chegou ao entrincheiramento do exército, o qual havia saído em ordem de batalha, e tocava alarme para a luta. 21 Porque tanto os israelitas como os filisteus estavam em ordem de batalha, esquadrão contra esquadrão.
22 E Davi deixou de sobre si a carga em mão do que guardava a bagagem, e correu ao esquadrão; e chegado que houve, perguntava por seus irmãos, se estavam bem. 23 E estando ele falando com eles, eis que aquele homem que se punha em meio dos dois acampamentos, que se chamava Golias, o filisteu de Gate, saiu dos esquadrões dos filisteus, e falou as mesmas palavras; as quais ouviu Davi. 24 E todos os homens de Israel que viam aquele homem, fugiam de sua presença, e tinham grande temor.
25 E cada um dos de Israel dizia: Não vistes aquele homem que saiu? Ele se adianta para provocar a Israel. Ao que lhe vencer, o rei lhe enriquecerá com grandes riquezas, e lhe dará sua filha, e fará livre de tributos a casa de seu pai em Israel.
26 Então falou Davi aos que junto a ele estavam, dizendo: Que farão ao homem que vencer a este filisteu, e tirar a humilhação de Israel? Porque quem é este filisteu incircunciso, para que provoque aos esquadrões do Deus vivente? 27 E o povo lhe respondeu as mesmas palavras, dizendo: Assim se fará ao homem que o vencer.
28 E ouvindo-lhe falar Eliabe seu irmão mais velho com aqueles homens, Eliabe se acendeu em ira contra Davi, e disse: Para que hás descido aqui? e a quem deixaste aquelas poucas ovelhas no deserto? Eu conheço tua soberba e a malícia de teu coração, que vieste para ver a batalha. 29 E Davi respondeu: Que fiz eu agora? Não são estas apenas palavras? 30 E apartando-se dele até outros, falou o mesmo; e responderam-lhe os do povo como da primeira vez.
31 E foram ouvidas as palavras que Davi havia dito, as quais quando referiram diante de Saul, ele o fez vir. 32 E disse Davi a Saul: Não desmaie ninguém por causa dele; teu servo irá e lutará com este filisteu. 33 E disse Saul a Davi: Não poderás tu ir contra aquele filisteu, para lutar com ele; porque tu és jovem, e ele um homem de guerra desde sua juventude.
34 E Davi respondeu a Saul: Teu servo era pastor das ovelhas de seu pai, e vinha um leão, ou um urso, e tomava algum cordeiro do rebanho, 35 E saía eu atrás dele, e feria-o, e livrava-lhe de sua boca: e se se levantava contra mim, eu o segurava pelo queixo, feria-o, e o matava.
36 Fosse leão, fosse urso, teu servo o matava; pois este filisteu incircunciso será como um deles, porque provocou ao exército do Deus vivente.
37 E acrescentou Davi: o SENHOR que me livrou das garras do leão e das garras do urso, ele também me livrará da mão deste filisteu. E disse Saul a Davi: Vai, e o SENHOR seja contigo. 38 E Saul revestiu a Davi de suas roupas, e pôs sobre sua cabeça um capacete de bronze, e armou-lhe de couraça.
39 E cingiu Davi sua espada sobre suas roupas, e provou a andar, porque nunca havia provado. E disse Davi a Saul: Eu não posso andar com isto, porque nunca o pratiquei. E lançando de si Davi aquelas coisas, 40 Tomou seu cajado em sua mão, e escolheu para si cinco pedras lisas do ribeiro, e as pôs no saco pastoril e na sacola que trazia, e com sua funda em sua mão foi até o filisteu.
41 E o filisteu vinha andando e aproximando-se a Davi, e seu escudeiro diante dele. 42 E quando o filisteu olhou e viu a Davi, menosprezou-o; porque era rapaz, e ruivo, e de bela aparência. 43 E disse o filisteu a Davi: Sou eu cão para que venhas a mim com paus? E amaldiçoou a Davi por seus deuses.
44 Disse logo o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei tua carne às aves do céu, e aos animais do campo. 45 Então disse Davi ao filisteu: Tu vens a mim com espada e lança e escudo; mas eu venho a ti no nome do SENHOR dos exércitos, o Deus dos esquadrões de Israel, que tu provocaste.
46 o SENHOR te entregará hoje em minha mão, e eu te vencerei, e tirarei tua cabeça de ti: e darei hoje os corpos dos filisteus às aves do céu e aos animais da terra: e saberá a terra toda que há Deus em Israel. 47 E saberá toda esta congregação que o SENHOR não salva com espada e lança; porque do SENHOR é la guerra, e ele vos entregará em nossas mãos.
48 E aconteceu que, quando o filisteu se levantou para ir e chegar-se contra Davi, Davi se deu pressa, e correu ao combate contra o filisteu. 49 E metendo Davi sua mão no saco, tomou dali uma pedra, e atirou-a com a funda, e feriu ao filisteu na testa: e a pedra ficou fincada na testa, e caiu em terra sobre seu rosto.
50 Assim venceu Davi ao filisteu com funda e pedra; e feriu ao filisteu e o matou, sem ter Davi espada em sua mão. 51 Mas correu Davi e pôs-se sobre o filisteu, e tomando a espada dele, tirando-a de sua bainha, o matou, e cortou-lhe com ela a cabeça. E quando os filisteus viram seu gigante morto, fugiram.
52 E levantando-se os de Israel e de Judá, deram grito, e seguiram aos filisteus até chegar ao vale, e até as portas de Ecrom. E caíram feridos dos filisteus pelo caminho de Saaraim, até Gate e Ecrom. 53 Tornando logo os filhos de Israel de perseguir os filisteus, despojaram seu acampamento. 54 E Davi tomou a cabeça do filisteu, e trouxe-a a Jerusalém, mas pôs suas armas em sua tenda.
55 E quando Saul viu a Davi que saía a encontrar-se com o filisteu, disse a Abner general do exército: Abner, de quem é filho aquele rapaz? E Abner respondeu: 56 Vive tua alma, ó rei, que não o sei. E o rei disse: Pergunta, pois, de quem é filho aquele rapaz.
57 E quando Davi voltava de matar ao filisteu, Abner o tomou, e levou-o diante de Saul, tendo a cabeça do filisteu em sua mão. 58 E disse-lhe Saul: Rapaz, de quem és filho? E Davi respondeu: Eu sou filho de teu servo Jessé de Belém.
1 E assim que ele acabou de falar com Saul, a alma de Jônatas se apegou à de Davi, e Jônatas o amou como à sua alma. 2 E Saul o tomou naquele dia, e não o deixou voltar à casa de seu pai.3 E fizeram aliança Jônatas e Davi, porque ele lhe amava como a sua alma. 4 E Jônatas despiu a roupa que tinha sobre si, e deu-a a Davi, e outras roupas suas, até sua espada, e seu arco, e seu cinto.
5 E Davi saía para onde quer que Saul o enviasse, e portava-se prudentemente. Fê-lo, portanto, Saul capitão da gente de guerra, e era aceito aos olhos de todo o povo, e nos olhos dos criados de Saul.
6 E aconteceu que quando voltavam eles, quando Davi voltou de matar ao filisteu, saíram as mulheres de todas as cidades de Israel cantando, e com danças, com tamboris, e com alegrias e adufes, a receber ao rei Saul. 7 E cantavam as mulheres que dançavam, e diziam: Saul feriu seus milhares, E Davi seus dez milhares.
8 E irou-se Saul em grande maneira, e desagradou esta palavra em seus olhos, e disse: A Davi deram dez milhares, e a mim milhares; não lhe falta mais que o reino. 9 E desde aquele dia Saul olhou com desconfiança a Davi.
10 Outro dia aconteceu que o espírito mau da parte de Deus tomou a Saul, e mostrava-se em sua casa com trejeitos de profeta: e Davi tocava com sua mão como os outros dias; e estava uma lança à mão de Saul. 11 E lançou Saul a lança, dizendo: Encravarei a Davi na parede. E duas vezes se afastou dele Davi. 12 Mas Saul se temia de Davi porquanto o SENHOR era com ele, e havia se afastado de Saul.
13 Afastou-o, pois, Saul de si, e fez-lhe capitão de mil; e saía e entrava diante do povo. 14 E Davi se conduzia prudentemente em todos seus negócios, e o SENHOR era com ele.
15 E vendo Saul que se portava tão prudentemente, temia-se dele. 16 Mas todos os de Israel e Judá amavam a Davi, porque ele saía e entrava diante deles.
17 E disse Saul a Davi: Eis que eu te darei a Merabe minha filha maior por mulher: somente que me sejas homem valente, e faças as guerras do SENHOR. Mas Saul dizia: Não será minha mão contra ele, mas a mão dos filisteus será contra ele. 18 E Davi respondeu a Saul: Quem sou eu, ou que é minha vida, ou a família de meu pai em Israel, para ser genro do rei?
19 E vindo o tempo em que Merabe, filha de Saul, se havia de dar a Davi, foi dada por mulher a Adriel meolatita.
20 Mas Mical a outra filha de Saul amava a Davi; e foi dito a Saul, o qual foi conveniente em seus olhos. 21 E Saul disse: Eu a darei a ele, para que lhe seja por armadilha, e para que a mão dos filisteus seja contra ele. Disse, pois, Saul a Davi: Com a outra serás meu genro hoje.
22 E mandou Saul a seus criados: Falai em secreto a Davi, dizendo-lhe: Eis que, o rei te ama, e todos seus criados te querem bem; sê, pois, genro do rei.
23 E os criados de Saul falaram estas palavras aos ouvidos de Davi. E Davi disse: Parece-vos que é pouco ser genro do rei, sendo eu um homem pobre e de nenhuma estima? 24 E os criados de Saul lhe deram a resposta dizendo: Tais palavras disse Davi.
25 E Saul disse: Dizei assim a Davi: Não está o contentamento do rei no dote, mas sim em cem prepúcios de filisteus, para que seja tomada vingança dos inimigos do rei. Mas Saul pensava lançar a Davi em mãos dos filisteus. 26 E quando seus criados declararam a Davi estas palavras, foi conveniente a coisa nos olhos de Davi, para ser genro do rei. E quando o prazo não era ainda cumprido,
27 Levantou-se Davi, e partiu-se com sua gente, e feriu duzentos homens dos filisteus; e trouxe Davi os prepúcios deles, e entregaram-nos todos ao rei, para que ele fosse feito genro do rei. E Saul lhe deu a sua filha Mical por mulher. 28 Porém Saul, vendo e considerando que o SENHOR era com Davi, e que sua filha Mical o amava, 29 Temeu-se mais de Davi; e foi Saul inimigo de Davi todos os dias.
30 E saíam os príncipes dos filisteus; e quando eles saíam, portava-se Davi mais prudentemente que todos os servos de Saul: e era seu nome muito ilustre.
1 E falou Saul a Jônatas seu filho, e a todos os seus criados, para que matassem a Davi; mas Jônatas filho de Saul amava a Davi em grande maneira. 2 E deu aviso a Davi, dizendo: Saul meu pai procura matar-te; portanto olha agora por ti até a manhã, e fica-te em lugar oculto, e esconde-te: 3 E eu sairei e estarei junto a meu pai no campo de onde estiveres: e falarei de ti a meu pai, e te farei saber o que notar.4 E Jônatas falou bem de Davi a Saul seu pai, e disse-lhe: Não peque o rei contra seu servo Davi, pois que nenhuma coisa cometeu contra ti: antes suas obras te foram muito boas; 5 Porque ele pôs sua alma em sua palma, e feriu ao filisteu, e o SENHOR fez uma grande salvação a todo Israel. Tu o viste, e te alegraste: por que, pois, pecarás contra o sangue inocente, matando a Davi sem causa?
6 E ouvindo Saul a voz de Jônatas, jurou: Vive o SENHOR, que não morrerá. 7 Chamando então Jônatas a Davi, declarou-lhe todas estas palavras; e ele mesmo apresentou Davi a Saul, e esteve diante dele como antes.
8 E voltou a fazer-se guerra: e saiu Davi e lutou contra os filisteus, e feriu-os com grande estrago, e fugiram diante dele. 9 E o espírito mau da parte do SENHOR foi sobre Saul: e estando sentado em sua casa tinha uma lança à mão, enquanto Davi estava tocando harpa com sua mão.
10 E Saul procurou encravar a Davi com a lança na parede; mas ele se afastou de diante de Saul, o qual feriu com a lança na parede; e Davi fugiu, e escapou-se aquela noite. 11 Saul enviou logo mensageiros à casa de Davi para que o guardassem, e o matassem à manhã. Mas Mical sua mulher o revelou a Davi, dizendo: Se não salvares tua vida esta noite, amanhã serás morto.
12 E baixou Mical a Davi por uma janela; e ele se foi, e fugiu, e escapou-se. 13 Tomou logo Mical uma estátua, e a pôs sobre a cama, e acomodou-lhe por cabeceira uma almofada de pelos de cabra, e cobriu-a com uma roupa.
14 E quando Saul enviou mensageiros que tomassem a Davi, ela respondeu: Está enfermo. 15 E voltou Saul a enviar mensageiros para que vissem a Davi, dizendo: Trazei-o a mim na cama para que o mate.
16 E quando os mensageiros entraram, eis que a estátua estava na cama, e uma almofada de pelos de cabra por cabeceira. 17 Então Saul disse a Mical: Por que me enganaste assim, e deixaste escapar a meu inimigo? E Mical respondeu a Saul: Porque ele me disse: Deixa-me ir; se não, eu te matarei.
18 Fugiu, pois, Davi, e escapou-se, e veio a Samuel em Ramá, e disse-lhe tudo o que Saul havia feito com ele. E foram-se ele e Samuel, e moraram em Naiote. 19 E foi dado aviso a Saul, dizendo: Eis que Davi está em Naiote em Ramá. 20 E enviou Saul mensageiros que trouxessem a Davi, os quais viram uma companhia de profetas que profetizavam, e a Samuel que estava ali, e os presidia. E foi o espírito de Deus sobre os mensageiros de Saul, e eles também profetizaram.
21 E feito que foi saber a Saul, ele enviou outros mensageiros, os quais também profetizaram. E Saul voltou a enviar pela terceira vez mensageiros, e eles também profetizaram. 22 Então ele mesmo veio a Ramá; e chegando ao poço grande que está em Socó, perguntou dizendo: Onde estão Samuel e Davi? E foi-lhe respondido: Eis que estão em Naiote em Ramá.
23 E foi ali a Naiote em Ramá; e também veio sobre ele o espírito de Deus, e ia profetizando, até que chegou a Naiote em Ramá. 24 E ele também se desnudou suas roupas, e profetizou igualmente diante de Samuel, e caiu nu todo aquele dia e toda aquela noite. De aqui se disse: Também Saul entre os profetas?
1 E Davi fugiu de Naiote que é em Ramá, e veio diante de Jônatas, e disse: Que fiz eu? qual é minha maldade, ou qual meu pecado contra teu pai, que ele busca minha vida? 2 E ele lhe disse: Em nenhuma maneira; não morrerás. Eis que meu pai nenhuma coisa fará, grande nem pequena, que não a revele a mim; por que pois me encobrirá meu pai este negócio? Não será assim.3 E Davi voltou a jurar, dizendo: Teu pai sabe claramente que eu achei favor diante de teus olhos, e dirá: Não saiba isto Jônatas, para que não tenha pesar: e certamente, vive o SENHOR e vive tua alma, que apenas há um passo entre mim e a morte.
4 E Jônatas disse a Davi: Que diga tua alma, e eu o farei por ti? 5 E Davi respondeu a Jônatas: Eis que amanhã será nova lua, e eu costumo sentar-me com o rei a comer: mas tu deixarás que me esconda no campo até à tarde do terceiro dia.
6 Se teu pai fizer menção de mim, dirás: Rogo-me muito que o deixasse ir logo a Belém sua cidade, porque todos os de sua linhagem têm ali sacrifício anual. 7 Se ele disser, Está bem, teu servo terá paz; mas se se irar, sabe que a malícia está nele completa.
8 Farás, pois, misericórdia com teu servo, já que trouxeste teu servo a aliança do SENHOR contigo: e se maldade há em mim mata-me tu, que não há necessidade de levar-me até teu pai. 9 E Jônatas lhe disse: Nunca tal te suceda; antes bem, se eu entendesse ser completa a malícia de meu pai, para vir sobre ti, não havia eu de revelá-lo a ti?
10 Disse então Davi a Jônatas: Quem me dará aviso? Ou que se teu pai te responder asperamente? 11 E Jônatas disse a Davi: Vem, saiamos ao campo. E saíram ambos ao campo.
12 Então disse Jônatas a Davi: Ó SENHOR Deus de Israel, quando houver eu perguntado a meu pai amanhã a esta hora, ou depois de amanhã, e ele parecer bem para com Davi, se então não enviar a ti, e o revelar a ti, 13 O SENHOR faça assim a Jônatas, e isto acrescente. Mas se a meu pai parecer bem fazer-te mal, também te o revelarei, e te enviarei, e te irás em paz: e seja o SENHOR contigo, como foi com meu pai.
14 E se eu viver, farás comigo misericórdia do SENHOR; mas se for morto, 15 Não tirarás perpetuamente tua misericórdia de minha casa, nem quando o SENHOR exterminar um por um os inimigos de Davi da face da terra. 16 Assim Jônatas fez aliança com a casa de Davi, dizendo: O SENHOR o exija da mão dos inimigos de Davi.
17 E voltou Jônatas a jurar a Davi, porque o amava, porque o amava como à sua alma. 18 Disse-lhe logo Jônatas: Amanhã é lua nova, e tua falta será percebida, porque teu assento estará vazio. 19 Estarás, pois, três dias, e logo descerás, e virás ao lugar de onde estavas escondido o dia do incidente, e esperarás junto à pedra de Ezel;
20 E eu atirarei três flechas até aquele lado, como que me exercitando ao alvo. 21 E logo enviarei o criado dizendo-lhe: Vai, busca as flechas. E se disser ao jovem: Eis ali as flechas mais aqui de ti, toma-as: tu virás, porque tens paz, e nada há de mal, vive o SENHOR.
22 Mas se eu disser ao jovem assim: Eis ali as flechas mais ali de ti: vai-te, porque o SENHOR te enviou. 23 E quanto às palavras que eu e tu falamos, seja o SENHOR entre mim e ti para sempre.
24 Então Davi se escondeu no campo, e vinda que foi a lua nova, sentou-se o rei a comer pão. 25 E o rei se sentou em sua cadeira, como costumava, no assento junto à parede, e Jônatas se levantou, e sentou-se Abner ao lado de Saul, e o lugar de Davi estava vazio.
26 Mas aquele dia Saul não disse nada, porque se dizia: Haverá lhe acontecido algo, e não está limpo; não estará purificado. 27 O dia seguinte, o segundo dia da lua nova, aconteceu também que o assento de Davi estava vazio. E Saul disse a Jônatas seu filho: Por que não veio a comer o filho de Jessé hoje nem ontem?
28 E Jônatas respondeu a Saul: Davi me pediu encarecidamente lhe deixasse ir até Belém. 29 E disse: Rogo-te que me deixes ir, porque temos sacrifício os de nossa linhagem na cidade, e meu irmão mesmo me mandou; portanto, se achei graça em teus olhos, farei uma escapada agora, e visitarei a meus irmãos. Por isto, pois, não veio.
30 Então Saul se acendeu contra Jônatas, e disse-lhe: Filho da pervertida e rebelde! Não sei eu que tu escolheste ao filho de Jessé para vergonha tua, e para vergonha da nudez de tua mãe? 31 Porque todo o tempo que o filho de Jessé viver sobre a terra, nem tu serás firme, nem teu reino. Envia, pois, agora, e traze-o a mim, porque morrerá.
32 E Jônatas respondeu a seu pai Saul, e disse-lhe: Por que morrerá? O que ele fez? 33 Então Saul lhe lançou uma lança para feri-lo: de onde entendeu Jônatas que seu pai estava determinado a matar a Davi. 34 E levantou-se Jônatas da mesa com exaltada ira, e não comeu pão o segundo dia da lua nova: porque tinha dor por causa de Davi, porque seu pai lhe havia afrontado.
35 Ao outro dia de manhã, saiu Jônatas ao campo, ao tempo marcado com Davi, e um jovem pequeno com ele. 36 E disse a seu jovem: Corre e busca as flechas que eu atirar. E quando o jovem ia correndo, ele atirava a flecha que passava mais além dele. 37 E chegando o jovem onde estava a flecha que Jônatas havia atirado, Jônatas deu vozes atrás o jovem, dizendo: Não está a flecha mais além de ti?
38 E voltou a gritar Jônatas atrás o jovem: Apressa-te, corre, não pares. E o jovem de Jônatas agarrou as flechas, e veio a seu senhor. 39 Porém nenhuma coisa entendeu o jovem: somente Jônatas e Davi entendiam o negócio. 40 Logo deu Jônatas suas armas a seu jovem, e disse-lhe: Vai-te e leva-as à cidade.
41 E logo que o jovem se havia ido, se levantou Davi da parte do sul, e inclinou-se três vezes prostrando-se até a terra: e beijando-se o um ao outro, choraram o um com o outro, ainda que Davi chorou mais. 42 E Jônatas disse a Davi: Vai-te em paz, que ambos juramos pelo nome do SENHOR, dizendo: o SENHOR seja entre mim e ti, entre minha descendência e a tua descendência para sempre.
1 E veio Davi a Nobe, a Aimeleque sacerdote: e surpreendeu-se Aimeleque de seu encontro, e disse-lhe: Como tu somente, e ninguém contigo? 2 E respondeu Davi ao sacerdote Aimeleque: O rei me encomendou um negócio, e me disse: Ninguém saiba coisa alguma deste negócio a que eu te envio, e que eu te mandei; e eu assinalei aos criados certo lugar.3 Agora, pois, o que tens à mão? Dá-me cinco pães, ou o que se achar. 4 E o sacerdote respondeu a Davi, e disse: Não tenho pão comum à mão; somente tenho pão sagrado: mas o darei se os criados se abstiveram de mulheres.
5 E Davi respondeu ao sacerdote, e disse-lhe: Certamente as mulheres nos foram afastadas desde anteontem quando saí, e os instrumentos dos moços foram santos, ainda que a jornada seja comum; quanto mais que hoje haverá outro pão santificado nos vasos. 6 Assim o sacerdote lhe deu o pão sagrado, porque ali não havia outro pão que os pães da proposição, os quais haviam sido tirados de diante do SENHOR, para que se pusessem pães quentes o dia que os outros foram tirados.
7 Aquele dia estava ali um dos servos de Saul detido diante do SENHOR, o nome do qual era Doegue, edomita, principal dos pastores de Saul.
8 E Davi disse a Aimeleque: Não tens aqui à mão lança ou espada? Porque não tomei em minha mão minha espada nem minhas armas, porquanto o mandamento do rei era urgente. 9 E o sacerdote respondeu: A espada de Golias o filisteu, que tu venceste no vale de Elá, está aqui embrulhada em um véu detrás do éfode: se tu queres tomá-la, toma-a: porque aqui não há outra a não ser essa. E disse Davi: Nenhuma como ela: dá-a a mim.
10 E levantando-se Davi aquele dia, fugiu da presença de Saul, e veio a Aquis rei de Gate. 11 E os servos de Aquis lhe disseram: Não é este Davi, o rei da terra? Não é este a quem cantavam em danças, dizendo: Feriu Saul seus milhares, E Davi seus dez milhares?
12 E Davi pôs em seu coração estas palavras, e teve grande temor de Aquis rei de Gate. 13 E mudou sua fala diante deles, e fingiu-se de louco entre suas mãos, e riscava nas entradas das portas, deixando escorrer sua saliva por sua barba.
14 E disse Aquis a seus servos: Eis que estais vendo um homem demente; por que o trouxestes a mim? 15 Faltam a mim loucos, para que trouxésseis este que fizesse de louco diante de mim? havia de vir este à minha casa?
1 E indo-se Davi dali escapou-se à cova de Adulão; o qual quando ouviram seus irmãos e toda a casa de seu pai, vieram ali a ele. 2 E juntaram-se com ele todos os afligidos, e todo aquele que estava endividado, e todos os que se achavam em amargura de espírito, e foi feito capitão deles: e teve consigo como quatrocentos homens.3 E foi-se Davi dali a Mispá de Moabe, e disse ao rei de Moabe: Eu te rogo que meu pai e minha mãe estejam convosco, até que saiba o que Deus fará de mim. 4 Trouxe-os, pois, à presença do rei de Moabe, e habitaram com ele todo aquele tempo que Davi esteve na fortaleza. 5 E Gade profeta disse a Davi: Não fiques nesta fortaleza, parte-te, e vai-te à terra de Judá. E Davi se partiu, e veio ao bosque de Herete.
6 E ouviu Saul como havia aparecido Davi, e os que estavam com ele. Estava então Saul em Gibeá debaixo de uma árvore em Ramá, e tinha sua lança em sua mão, e todos os seus criados estavam em derredor dele.
7 E disse Saul a seus criados que estavam em derredor dele: Ouvi agora, filhos de Benjamim: O filho de Jessé também dará a todos vós terras e vinhas, e vos fará a todos comandantes de mim e comandantes de cem, 8 Que todos vós conspirastes contra mim, e não há quem me revele ao ouvido como meu filho fez aliança com o filho de Jessé, nem alguém de vós que se condoa de mim, e me revele como meu filho levantou meu servo contra mim, para que me prepare ciladas, como ele hoje faz?
9 Então Doegue edomita, que era superior entre os servos de Saul, respondeu e disse: Eu vi ao filho de Jessé que veio a Nobe, a Aimeleque filho de Aitube; 10 O qual consultou por ele ao SENHOR, e deu-lhe provisão, e também lhe deu a espada de Golias o filisteu.
11 E o rei enviou pelo sacerdote Aimeleque filho de Aitube, e por toda a casa de seu pai, os sacerdotes que estavam em Nobe: e todos vieram ao rei. 12 E Saul lhe disse: Ouve agora, filho de Aitube. E ele disse: Eis-me aqui, senhor meu. 13 E disse-lhe Saul: Por que conspirastes contra mim, tu e o filho de Jessé, quando tu lhe deste pão e espada, e consultaste por ele a Deus, para que se levantasse contra mim e me armasse cilada, como o faz hoje dia?
14 Então Aimeleque respondeu ao rei, e disse: E quem entre todos teus servos é tão fiel como Davi, genro também do rei, e que vai por teu mandado, e é ilustre em tua casa? 15 Comecei eu desde hoje a consultar por ele a Deus? Longe seja de mim: não impute o rei coisa alguma a seu servo, nem a toda a casa de meu pai; porque teu servo nenhuma coisa sabe deste negócio, grande nem pequena.
16 E o rei disse: Sem dúvida morrerás, Aimeleque, tu e toda a casa de teu pai. 17 Então disse o rei à gente de sua guarda que estava ao redor dele: Voltai-vos e matai aos sacerdotes do SENHOR; porque também a mão deles é com Davi, pois sabendo eles que fugia, não o revelaram a mim. Mas os servos do rei não quiseram estender suas mãos para matar os sacerdotes do SENHOR.
18 Então disse o rei a Doegue: Volta tu, e arremete contra os sacerdotes. E revolvendo-se Doegue edomita, arremeteu contra os sacerdotes, e matou naquele dia oitenta e cinco homens que vestiam éfode de linho. 19 E a Nobe, cidade dos sacerdotes, pôs à espada: tanto a homens como a mulheres, meninos e mamantes, bois e asnos e ovelhas, tudo à espada.
20 Mas um dos filhos de Aimeleque filho de Aitube, que se chamava Abiatar, escapou, e fugiu-se a Davi. 21 E Abiatar noticiou a Davi como Saul havia matado os sacerdotes do SENHOR.
22 E disse Davi a Abiatar: Eu sabia que estando ali aquele dia Doegue o edomita, ele o havia de fazer saber a Saul. Eu dei ocasião contra todas as pessoas da casa de teu pai. 23 Fica-te comigo, não temas: quem buscar minha vida, buscará também a tua: bem que comigo tu estarás seguro.
1 E deram aviso a Davi, dizendo: Eis que os filisteus combatem a Queila, e roubam as eiras. 2 E Davi consultou ao SENHOR, dizendo: Irei a ferir a estes filisteus? E o SENHOR respondeu a Davi: Vai, fere aos filisteus, e livra a Queila.3 Mas os que estavam com Davi lhe disseram: Eis que nós aqui em Judá estamos com medo; quanto mais se formos a Queila contra o exército dos filisteus? 4 Então Davi voltou a consultar ao SENHOR. E o SENHOR lhe respondeu, e disse: Levanta-te, desce a Queila, que eu entregarei em tuas mãos aos filisteus.
5 Partiu-se, pois Davi com seus homens a Queila, e lutou contra os filisteus, e tomou seus gados, e feriu-os com grande estrago: e livrou Davi aos de Queila. 6 E aconteceu que, fugindo Abiatar filho de Aimeleque a Davi a Queila, veio também com ele o éfode.
7 E foi dito a Saul que Davi havia vindo a Queila. Então disse Saul: Deus o trouxe a minhas mãos; porque ele está escondido, havendo-se posto em cidade com portas e fechaduras. 8 E convocou Saul todo aquele povo à batalha, para descer a Queila, e pôr cerco a Davi e aos seus. 9 Mas entendendo Davi que Saul planejava o mal contra ele, disse a Abiatar sacerdote: Traze o éfode.
10 E disse Davi: o SENHOR Deus de Israel, teu servo tem entendido que Saul trata de vir contra Queila, a destruir a cidade por causa minha. 11 Os vizinhos de Queila me entregarão em suas mãos? Descerá Saul, como teu servo tem ouvido? O SENHOR Deus de Israel, rogo-te que o declares a teu servo. E o SENHOR disse: Sim, descerá.
12 Disse logo Davi: Os vizinhos de Queila entregarão a mim e a meus homens em mãos de Saul? E o SENHOR respondeu: Eles te entregarão.
13 Davi então se levantou com seus homens, que eram como seiscentos, e sairam de Queila, e foram-se de uma parte à outra. E veio a nova a Saul de como Davi se havia escapado de Queila; e deixou de sair. 14 E Davi se estava no deserto em penhas, e habitava em um monte no deserto de Zife; e Saul o buscava todos os dias, mas Deus não o entregou em suas mãos.
15 Vendo, pois, Davi que Saul havia saído em busca de sua alma, estava-se ele no bosque no deserto de Zife. 16 Então se levantou Jônatas filho de Saul, e veio a Davi no bosque, e confortou sua mão em Deus.
17 E disse-lhe: Não temas, porque a mão de meu pai Saul não te achará, e tu reinarás sobre Israel, e eu serei segundo depois de ti; e ainda Saul meu pai assim o sabe. 18 E entre ambos fizeram aliança diante do SENHOR: e Davi se ficou no bosque, e Jônatas se voltou à sua casa.
19 E subiram os de Zife a dizer a Saul em Gibeá: Não está Davi escondido em nossa terra nas penhas do bosque, no morro de Haquilá que está à direita do deserto? 20 Portanto, rei, desce agora logo, segundo todo aquele desejo de tua alma, e nós o entregaremos na mão do rei.
21 E Saul disse: Benditos sejais vós do SENHOR, que haveis tido compaixão de mim: 22 Ide, pois, agora, preparai ainda, considerai e vede seu lugar por onde ele passa, e quem o tenha visto ali; porque se me disse que ele é em grande maneira astuto. 23 Considerai, pois, e vede todos os esconderijos de onde se oculta, e voltai a mim com a certeza, e eu irei convosco: que se ele estiver na terra, eu lhe buscarei entre todos os milhares de Judá.
24 E eles se levantaram, e se foram a Zife diante de Saul. Mas Davi e sua gente estavam no deserto de Maom, na planície que está à direita do deserto. 25 E partiu-se Saul com sua gente a buscá-lo; mas foi dado aviso a Davi, e desceu à penha, e ficou no deserto de Maom. O qual quando Saul ouviu, seguiu a Davi ao deserto de Maom.
26 E Saul ia pelo um lado do monte, e Davi com os seus pelo outro lado do monte: e apressava-se Davi para ir adiante de Saul; mas Saul e os seus haviam cercado a Davi e à sua gente para tomá-los. 27 Então veio um mensageiro a Saul, dizendo: Vem logo, porque os filisteus fizeram uma invasão no país.
28 Voltou-se, portanto, Saul de perseguir a Davi, e partiu contra os filisteus. Por esta causa puseram a aquele lugar por nome Selá-Hamalecote. 29 Então Davi subiu dali, e habitou nos lugares fortes em En-Gedi.
1 E quando Saul voltou dos filisteus, deram-lhe aviso dizendo: Eis que Davi está no deserto de En-Gedi. 2 E tomando Saul três mil homens escolhidos de todo Israel, foi em busca de Davi e dos seus, pelos cumes dos penhascos das cabras montesas.3 E quando chegou a uma malhada de ovelhas no caminho, de onde havia uma cova, entrou Saul nela para fazer necessidade; e Davi e os seus estavam aos lados da cova. 4 Então os de Davi lhe disseram: Eis que o dia que te disse o SENHOR: Eis que entregou tu inimigo em tuas mãos, e farás com ele como te parecer. E levantou-se Davi, e caladamente cortou a beira do manto de Saul.
5 Depois do qual o coração de Davi lhe golpeava, porque havia cortado a beira do manto de Saul. 6 E disse aos seus: o SENHOR me guarde de fazer tal coisa contra meu senhor, o ungido do SENHOR, que eu estenda minha mão contra ele; porque é o ungido do SENHOR. 7 Assim Davi conteve os seus com palavras, e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul. E Saul, saindo da cova, foi-se seu caminho.
8 Também Davi se levantou depois, e saindo da cova deu vozes às costas de Saul, dizendo: Meu senhor o rei! E quando Saul olhou atrás, Davi inclinou seu rosto em terra, e fez reverência. 9 E disse Davi a Saul: Por que ouves as palavras dos que dizem: Olha que Davi procura teu mal?
10 Eis que viram hoje teus olhos como o SENHOR te pôs hoje em minhas mãos na cova: e disseram que te matasse, mas te poupei, porque disse: Não estenderei minha mão contra meu senhor, porque ungido é do SENHOR. 11 E olha, meu pai, olha ainda a beira de teu manto em minha mão: porque eu cortei a beira de tua manto, e não te matei. Conhece, pois, e vê que não há mal nem traição em minha mão, nem pequei contra ti; contudo, tu andas à caça de minha vida para tirá-la de mim.
12 Julgue o SENHOR entre mim e ti, e vingue-me de ti o SENHOR: porém minha mão não será contra ti. 13 Como diz o provérbio dos antigos: Dos ímpios sairá a impiedade: assim que minha mão não será contra ti.
14 Atrás de quem saiu o rei de Israel? a quem persegues? a um cão morto? a uma pulga? 15 O SENHOR, pois, será juiz, e ele julgará entre mim e ti. Ele veja, e sustente minha causa, e me defenda de tua mão.
16 E aconteceu que, quando Davi acabou de dizer estas palavras a Saul, Saul disse: Não é esta a tua voz, meu filho Davi? E Saul, levantando sua voz, chorou.
17 E disse a Davi: Mais justo és tu que eu, que me pagaste com bem, havendo-te eu pagado com mal. 18 Tu mostraste hoje que fizeste comigo bem; pois não me mataste, havendo-me o SENHOR posto em tuas mãos.
19 Porque quem achará a seu inimigo, e o deixará ir saro e salvo? O SENHOR te pague com bem pelo que neste dia fizeste comigo. 20 E agora, como eu entendo que tu hás de reinar, e que o reino de Israel será em tua mão firme e estável,
21 Jura-me, pois, agora pelo SENHOR, que não cortarás minha descendência depois de mim, nem apagarás meu nome da casa de meu pai. 22 Então Davi jurou a Saul. E foi-se Saul à sua casa, e Davi e os seus se subiram ao lugar forte.
1 E morreu Samuel, e juntou-se todo Israel, e o choraram, e o sepultaram em sua casa em Ramá. E levantou-se Davi, e se foi ao deserto de Parã.2 E em Maom havia um homem que tinha sua riqueza no Carmelo, o qual era muito rico, que tinha três mil ovelhas e mil cabras. E aconteceu achar-se tosquiando suas ovelhas no Carmelo. 3 O nome daquele homem era Nabal, e o nome de sua mulher, Abigail. E era aquela mulher de bom entendimento e de boa aparência; mas o homem era duro e de maus feitos; e era da linhagem de Calebe.
4 E ouviu Davi no deserto que Nabal tosquiava suas ovelhas. 5 Então enviou Davi dez criados, e disse-lhes: Subi ao Carmelo, e ide a Nabal, e saudai-lhe em meu nome. 6 E dizei-lhe assim: Que vivas e seja paz a ti, e paz à tua família, e paz a tudo quanto tens.
7 Há pouco soube que tens tosquiadores. Agora, aos pastores teus que estiveram conosco, nunca lhes maltratamos, nem lhes faltou algo em todo aquele tempo que estiveram no Carmelo. 8 Pergunta a teus criados, que eles te dirão. Portanto que estes criados achem favor em teus olhos, pois viemos em um bom dia; rogo-te que dês o que tiveres à mão a teus servos, e a teu filho Davi.
9 E quando chegaram os criados de Davi, disseram a Nabal todas estas palavras em nome de Davi, e se calaram. 10 E Nabal respondeu aos criados de Davi, e disse: Quem é Davi? e quem é o filho de Jessé? Muitos servos há hoje que fogem de seus senhores. 11 Tomarei eu agora meu pão, minha água, e minha carne que matei para meus tosquiadores, e a darei a homens que não sei de onde são?
12 E virando-se os criados de Davi, voltaram por seu caminho, e vieram e disseram a Davi todas estas palavras. 13 Então Davi disse a seus homens: Cinja-se cada um sua espada. E cingiu-se cada um sua espada: também Davi cingiu sua espada; e subiram atrás Davi como quatrocentos homens, e deixaram duzentos com a bagagem.
14 E um dos criados deu aviso a Abigail mulher de Nabal, dizendo: Eis que Davi enviou mensageiros do deserto que saudassem a nosso amo, e ele os insultou. 15 Mas aqueles homens nos foram muito bons, e nunca nos maltrataram, nem nenhuma coisa nos faltou em todo aquele tempo que convivido com eles, enquanto estivemos no campo.
16 Eles nos foram por muro de dia e de noite, todos os dias que estivemos com eles apascentando as ovelhas. 17 Agora, pois, entende e olha o que farás, porque o mal está de todo decidido contra nosso amo e contra toda sua casa: pois ele é um homem tão mau, que não há quem podia falar-lhe.
18 Então Abigail tomou logo duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de grão tostado, e cem cachos de uvas passas, e duzentos pães de figos secos, e carregou-o em asnos; 19 E disse a seus criados: Ide diante de mim, que eu vos seguirei logo. E nada declarou a seu marido Nabal.
20 E sentando-se sobre um asno desceu por uma parte secreta do monte, e eis que Davi e os seus que vinham de frente a ela, e ela lhes foi ao encontro.
21 E Davi havia dito: Certamente em vão guardei tudo o que este tem no deserto, sem que nada lhe tenha faltado de tudo quanto é seu; e ele me devolveu mal por bem. 22 Assim faça Deus, e assim acrescente aos inimigos de Davi, que daqui à amanhã não tenho de deixar de tudo o que for seu nem ainda macho.
23 E quando Abigail viu a Davi, desceu prontamente do asno, e prostrando-se diante de Davi sobre seu rosto, inclinou-se à terra; 24 E lançou-se a seus pés, e disse: Senhor meu, sobre mim seja o pecado; mas rogo-te fale tua serva em teus ouvidos, e ouve as palavras de tua serva.
25 Não ponha agora meu senhor seu coração a aquele homem grosseiro, a Nabal; porque conforme seu nome, assim é. O se chama Nabal, e a loucura está com ele: mas eu tua serva não vi os criados de meu senhor, os quais tu enviaste. 26 Agora, pois, senhor meu, vive o SENHOR e vive tua alma, que o SENHOR te impediu que viesses a derramar sangue, e vingar-te por tua própria mão. Sejam, pois, como Nabal teus inimigos, e todos os que procuram mal contra meu senhor.
27 E agora esta bênção que tua serva trouxe a meu senhor, seja dada aos criados que seguem a meu senhor. 28 E eu te rogo que perdoes a tua serva esta ofensa; pois o SENHOR de certo fará casa firme a meu senhor, porquanto meu senhor faz as guerras do SENHOR, e mal não se achou em ti em teus dias.
29 Bem que alguém se tenha levantado a perseguir-te e atentar à tua vida, contudo, a alma de meu senhor será ligada no feixe dos que vivem com o SENHOR Deus teu, e ele atirará a alma de teus inimigos como de uma funda.
30 E acontecerá que quando o SENHOR fizer com meu senhor conforme todo aquele bem que falou de ti, e te mandar que sejas chefe sobre Israel, 31 Então, senhor meu, não te será isto em tropeço e turbação de coração, o que tenhas derramado sangue sem causa, ou que meu senhor se tenha vingado por si mesmo. Guarde-se, pois, meu senhor, e quando o SENHOR fizer bem a meu senhor, lembra-te de tua serva.
32 E disse Davi a Abigail: Bendito seja o SENHOR Deus de Israel, que te enviou para que hoje me encontrasses; 33 E bendito seja teu bom-senso, e bendita tu, que me impediste hoje de ir derramar sangue, e de vingar-me por minha própria mão:
34 Porque, vive o SENHOR Deus de Israel que me defendeu de fazer-te mal, que se não te houvesses apressado em vir ao meu encontro, daqui a amanhã não lhe restaria a Nabal macho. 35 E recebeu Davi de sua mão o que lhe havia trazido, e disse-lhe: Sobe em paz à tua casa, e olha que ouvi tua voz, e te atendi.
36 E Abigail se veio a Nabal, e eis que ele tinha banquete em sua casa como banquete de rei: e o coração de Nabal estava alegre nele, e estava muito embriagado; pelo que ela não lhe declarou pouco nem muito, até que veio o dia seguinte.
37 Porém à manhã, quando o vinho havia saído de Nabal, referiu-lhe sua mulher aquelas coisas; e se lhe amorteceu o coração, e ficou como pedra. 38 E passados dez dias o SENHOR feriu a Nabal, e morreu.
39 E logo que Davi ouviu que Nabal era morto, disse: Bendito seja o SENHOR que julgou a causa de minha afronta recebida da mão de Nabal, e preservou do mal a seu servo; e o SENHOR devolveu a malícia de Nabal sobre sua própria cabeça. Depois enviou Davi a falar a Abigail, para tomá-la por sua mulher. 40 E os criados de Davi vieram a Abigail no Carmelo, e falaram com ela, dizendo: Davi nos enviou a ti, para tomar-te por sua mulher.
41 E ela se levantou, e inclinou seu rosto à terra, dizendo: Eis que tua serva, para que seja serva que lave os pés dos servos de meu senhor. 42 E levantando-se logo Abigail com cinco moças que a seguiam, montou-se em um asno, e seguiu os mensageiros de Davi, e foi sua mulher.
43 Também tomou Davi a Ainoã de Jezreel, e ambas foram suas mulheres. 44 Porque Saul havia dado sua filha Mical mulher de Davi, a Palti filho de Laís, que era de Galim.
1 E vieram os zifeus a Saul em Gibeá, dizendo: Não está Davi escondido no morro de Haquilá diante do deserto? 2 Saul então se levantou, e desceu ao deserto de Zife, levando consigo três mil homens escolhidos de Israel, para buscar a Davi no deserto de Zife.3 E assentou Saul o campo no morro de Haquilá, que está diante do deserto junto ao caminho. E estava Davi no deserto, e entendeu que Saul lhe seguia no deserto. 4 Davi, portanto, enviou espias, e entendeu por certo que Saul havia vindo.
5 E levantou-se Davi, e veio ao lugar de onde Saul havia assentado o acampamento; e olhou Davi o lugar de onde dormia Saul, e Abner filho de Ner, general de seu exército. E estava Saul dormindo na trincheira, e o povo pelo acampamento em derredor dele.
6 Então falou Davi, e perguntou a Aimeleque Heteu, e a Abisai filho de Zeruia, irmão de Joabe, dizendo: Quem descerá comigo a Saul ao campo: E disse Abisai: Eu descerei contigo. 7 Davi pois e Abisai vieram ao povo de noite: e eis que Saul que estava estendido dormindo na trincheira, e sua lança fincada em terra à sua cabeceira; e Abner e o povo estavam ao redor dele estendidos. 8 Então disse Abisai a Davi: Hoje Deus entregou a teu inimigo em tuas mãos: agora pois, eu o ferirei logo com a lança, fincando-lhe com a terra de um golpe, e não precisarei repetir.
9 E Davi respondeu a Abisai: Não lhe mates: porque quem estender sua mão contra o ungido do SENHOR, e será inocente? 10 Disse ademais Davi: Vive o SENHOR, que se o SENHOR não o ferir, ou que seu dia chegue para que morra, ou que descendo em batalha pereça,
11 Guarde-me o SENHOR de estender minha mão contra o ungido do SENHOR; porém toma agora a lança que está à sua cabeceira, e a botija da água, e vamo-nos. 12 Levou pois Davi a lança e a botija de água da cabeceira de Saul, e foram-se; que não houve ninguém que visse, nem entendesse, nem vigiasse, pois todos dormiam: porque um profundo sonho enviado do SENHOR havia caído sobre eles.
13 E passando Davi da outra parte, pôs-se desviado no cume do monte, havendo grande distância entre eles; 14 E deu vozes Davi ao povo, e a Abner filho de Ner, dizendo: Não respondes, Abner? Então Abner respondeu e disse: Quem és tu que dás vozes ao rei?
15 E disse Davi a Abner: Não és tu homem? E quem há como tu em Israel? Por que, pois, não guardaste ao teu senhor, o rei? Pois entrou um do povo para matar ao teu senhor, o rei. 16 Isto que fizeste não está bem. Vive o SENHOR, que sois dignos de morte, que não guardastes a vosso senhor, ao ungido do SENHOR. Olha, pois, agora onde está a lança do rei, e a botija da água que estava à sua cabeceira.
17 E reconhecendo Saul a voz de Davi, disse: Não é esta tua voz, meu filho Davi? E Davi respondeu: É minha voz, ó rei, meu senhor. 18 E disse: Por que persegue assim meu senhor a seu servo? que fiz? que mal há em minha mão?
19 Rogo, pois, que o rei meu senhor ouça agora as palavras de seu servo. Se o SENHOR te incita contra mim, aceite um sacrifício: mas se forem filhos de homens, malditos eles na presença do SENHOR, que me expulsaram hoje para que não me junte na propriedade do SENHOR, dizendo: Vai, e serve a outros deuses. 20 Não caia, pois agora meu sangue em terra diante do SENHOR: porque saiu o rei de Israel a buscar uma pulga, assim como quem persegue uma perdiz pelos montes.
21 Então disse Saul: Pequei: volta-te, filho meu Davi, que nenhum mal te farei mais, pois que minha vida foi estimada hoje em teus olhos. Eis que eu agi loucamente, e errei em grande maneira.
22 E Davi respondeu, e disse: Eis que a lança do rei; passe aqui um dos criados, e tome-a. 23 E o SENHOR pague a cada um sua justiça e sua lealdade: que o SENHOR havia te entregue hoje em minha mão, mas eu não quis estender minha mão sobre o ungido do SENHOR.
24 E eis que, como tua vida foi estimada hoje em meus olhos, assim seja minha vida estimada nos olhos do SENHOR, e me livre de toda aflição. 25 E Saul disse a Davi: Bendito és tu, filho meu Davi; sem dúvida tu executarás grandes feitos, e prevalecerás. Então Davi se foi por seu caminho, e Saul voltou ao seu lugar.
1 E disse Davi em seu coração: Ao fim serei morto algum dia pela mão de Saul: nada portanto me será melhor que fugir à terra dos filisteus, para que Saul se deixe de mim, e não me ande buscando mais por todos os termos de Israel, e assim me escaparei de suas mãos.2 Levantou-se, pois Davi, e com os seiscentos homens que tinha consigo passou-se a Aquis filho de Maoque, rei de Gate. 3 E morou Davi com Aquis em Gate, ele e os seus, cada um com sua família: Davi com suas duas mulheres, Ainoã jezreelita, e Abigail, a que foi mulher de Nabal o do Carmelo. 4 E veio a nova a Saul que Davi se havia fugido a Gate, e não o buscou mais.
5 E Davi disse a Aquis: Se achei agora favor em teus olhos, seja-me dado lugar em algumas das cidades da terra, de onde eu habite; por que teu servo deverá morar contigo na cidade real? 6 E Aquis lhe deu aquele dia a Ziclague. De aqui foi Ziclague dos reis de Judá até hoje. 7 E foi o número dos dias que Davi habitou na terra dos filisteus, quatro meses e alguns dias.
8 E subia Davi com os seus, e faziam entradas nos gesuritas, e nos gersitas, e nos amalequitas: porque estes habitavam de longo tempo a terra, desde como se vai a Sur até a terra do Egito. 9 E feria Davi o país, e não deixava à vida homem nem mulher: e levava-se as ovelhas e as vacas e os asnos e os camelos e as roupas; e voltava, e vinha-se a Aquis.
10 E dizia Aquis: Onde atacastes hoje? E Davi dizia: Ao sul de Judá, e ao sul de Jerameel, ou contra o sul dos queneus.
11 Nem homem nem mulher deixava à vida Davi, que viesse a Gate; dizendo: Porque não deem aviso de nós, dizendo: Isto fez Davi. E este era seu costume todo aquele tempo que morou em terra dos filisteus. 12 E Aquis confiava em Davi, dizendo assim: Ele se faz abominável em seu povo de Israel, e será meu servo para sempre.
1 E aconteceu que em aqueles dias os filisteus juntaram seus acampamentos para lutar contra Israel. E disse Aquis a Davi: Sabe de certo que hás de sair comigo à campanha, tu e os teus. 2 E Davi respondeu a Aquis: Saberás, pois, o que fará teu servo. E Aquis disse a Davi: Portanto te farei guarda de minha cabeça todos os dias.3 Já Samuel era morto, e todo Israel o havia lamentado, e haviam-lhe sepultado em Ramá, em sua cidade. E Saul havia lançado da terra os encantadores e adivinhos. 4 Pois como os filisteus se juntaram, vieram e assentaram acampamento em Suném: e Saul juntou a todo Israel, e assentaram acampamento em Gilboa.
5 E quando viu Saul o acampamento dos filisteus, temeu, e perturbou-se seu coração em grande maneira. 6 E consultou Saul ao SENHOR; mas o SENHOR não lhe respondeu, nem por sonhos, nem por Urim, nem por profetas. 7 Então Saul disse a seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha espírito de necromante, para que eu vá a ela, e por meio dela pergunte. E seus criados lhe responderam: Eis que há uma mulher em En-Dor que tem espírito de necromante.
8 E Saul se disfarçou, vestiu outras roupas, e foi-se com dois homens, e vieram àquela mulher de noite; e ele disse: Eu te rogo que me adivinhes pelo espírito de pitonisa, e me faças subir a quem eu te disser. 9 E a mulher lhe disse: Eis que tu sabes o que Saul fez, como exterminou da terra os necromantes e os adivinhos; por que, pois, pões tropeço à minha vida, para me fazer morrer? 10 Então Saul jurou a ela pelo SENHOR, dizendo: Vive o SENHOR, que nenhum mal te virá por isto.
11 A mulher então disse: A quem te farei vir? E ele respondeu: Faze-me vir a Samuel. 12 E vendo a mulher a Samuel, clamou em alta voz, e falou aquela mulher a Saul, dizendo:
13 Por que me enganaste? que tu és Saul. E o rei lhe disse: Não temas: que viste? E a mulher respondeu a Saul: Vi deuses que sobem da terra. 14 E ele lhe disse: Qual é sua forma? E ela respondeu: Um homem ancião vem, coberto de um manto. Saul então entendeu que era Samuel, e humilhando o rosto à terra, fez grande reverência.
15 E Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste fazendo-me vir? E Saul respondeu: Estou muito angustiado; pois os filisteus lutam contra mim, e Deus se afastou de mim, e não me responde mais, nem por meio de profetas, nem por sonhos: por isto te chamei, para que me declares o que tenho de fazer.
16 Então Samuel disse: E para que perguntas a mim, havendo-se afastado de ti o SENHOR, e é teu inimigo? 17 o SENHOR pois fez como falou por meio de mim; pois cortou o SENHOR o reino de tua mão, e o deu a tua companheiro Davi.
18 Como tu não obedeceste à voz do SENHOR, nem cumpriste o furor de sua ira sobre Amaleque, por isso o SENHOR te fez isto hoje. 19 E o SENHOR entregará a Israel também contigo nas mãos dos filisteus: e amanhã estareis comigo, tu e teus filhos; e ainda o acampamento de Israel o SENHOR entregará nas mãos dos filisteus.
20 Naquele mesmo momento Saul caiu estendido ao chão, e teve grande temor pelas palavras de Samuel; que não restou nele esforço nenhum, porque em todo aquele dia e aquela noite não havia comido pão. 21 Então a mulher veio a Saul, e vendo-lhe em grande maneira perturbado, disse-lhe: Eis que tua criada obedeceu à tua voz, e pus minha vida em minha mão, e ouvi as palavras que tu me disseste.
22 Rogo-te, pois, que tu também ouças a voz de tua serva: porei eu diante de ti um bocado de pão que comas, para que te fortaleças, e vás teu caminho. 23 E ele o recusou, dizendo: Não comerei. Mas seus criados juntamente com a mulher lhe obrigaram, e ele os obedeceu. Levantou-se, pois, do chão, e sentou-se sobre uma cama.
24 E aquela mulher tinha em sua casa um bezerro gordo, o qual matou logo; e tomou farinha e amassou-a, e cozeu dela pães sem levedura. 25 E o trouxe diante de Saul e de seus criados; e assim que comeram, se levantaram, e partiram aquela noite.
1 E os filisteus juntaram todos os seus acampamentos em Afeque; e Israel pôs seu acampamento junto à fonte que está em Jezreel. 2 E enquanto os príncipes dos filisteus revistavam suas tropas de centenas e de milhares de homens, Davi e os seus passavam na retaguarda com Aquis.3 E disseram os príncipes dos filisteus: Que fazem aqui estes hebreus? E Aquis respondeu aos príncipes dos filisteus: Não é este Davi, o servo de Saul rei de Israel? Ele esteve comigo alguns dias ou alguns anos, e não achei coisa alguma nele desde o dia que ele veio a mim até hoje.
4 Então os príncipes dos filisteus se iraram contra ele, e disseram-lhe: Envia a este homem, que se volte ao lugar que lhe determinaste, e não venha conosco à batalha, não seja que na batalha se nos volte inimigo; pois com que coisa ele se reconciliaria com seu senhor, se não com as cabeças destes homens?
5 Não é este Davi de quem cantavam nas danças, dizendo: Saul feriu seus milhares, E Davi seus dez milhares?
6 E Aquis chamou a Davi, e disse-lhe: Vive o SENHOR, que tu foste reto, e que me pareceu bem tua saída e entrada no campo comigo, e que nenhuma coisa má achei em ti desde o dia que vieste a mim até hoje; mas aos olhos dos príncipes não agradas. 7 Volta-te, pois, e vai-te em paz; e não faças o mal aos olhos dos príncipes dos filisteus.
8 E Davi respondeu a Aquis: Que fiz? que achaste em teu servo desde o dia que estou contigo até hoje, para que eu não vá e lute contra os inimigos de meu senhor o rei? 9 E Aquis respondeu a Davi, e disse: Eu sei que tu és bom em meus olhos, como um anjo de Deus; mas os príncipes dos filisteus disseram: Não venha conosco à batalha.
10 Levanta-te, pois de manhã, tu e os servos de teu senhor que vieram contigo; e levantando-vos de manhã, logo ao amanhecer parti-vos. 11 E levantou-se Davi de manhã, ele e os seus, para ir-se e voltar-se à terra dos filisteus; e os filisteus foram a Jezreel.
1 E Quando Davi e os seus vieram a Ziclague o terceiro dia, os de Amaleque haviam invadido o sul e a Ziclague, e haviam assolado a Ziclague, e posto-a a fogo. 2 E haviam-se levado cativas às mulheres que estavam nela, desde a menor até a maior; mas a ninguém haviam matado, mas sim levado, e ido seu caminho.3 Veio, pois Davi com os seus à cidade, e eis que estava queimada a fogo, e suas mulheres e seus filhos e filhas levadas cativas. 4 Então Davi e a gente que com ele estava, levantaram sua voz e choraram, até que lhes faltaram as forças para chorar.
5 As duas mulheres de Davi, Ainoã jezreelita e Abigail a que foi mulher de Nabal do Carmelo, também eram cativas. 6 E Davi foi muito angustiado, porque o povo falava de apedrejá-lo; porque todo aquele povo estava com ânimo amargo, cada um por seus filhos e por suas filhas: mas Davi se esforçou no SENHOR seu Deus.
7 E disse Davi ao sacerdote Abiatar filho de Aimeleque: Eu te rogo que me tragas o éfode. E Abiatar trouxe o éfode a Davi. 8 E Davi consultou ao SENHOR, dizendo: Seguirei esta tropa? Poderei alcançá-la? E ele lhe disse: Segue-a que de certo a alcançarás, e sem falta livrarás a presa.
9 Partiu-se, pois, Davi, ele e os seiscentos homens que com ele estavam, e vieram até o ribeiro de Besor, de onde se restaram alguns. 10 E Davi seguiu o alcance com quatrocentos homens; porque se restaram atrás duzentos, que cansados não puderam passar o ribeiro de Besor.
11 E acharam no acampamento um homem egípcio, o qual trouxeram a Davi, e deram-lhe pão que comesse, e a beber água; 12 Deram-lhe também um pedaço de massa de figos secos, e dois cachos de passas. E logo que comeu, voltou nele seu espírito; porque não havia comido pão nem bebido água em três dias e três noites.
13 E disse-lhe Davi: De quem és tu? E de onde és? E respondeu o jovem egípcio: Eu sou servo de um amalequita, e deixou-me meu amo hoje há três dias, porque estava enfermo; 14 Pois fizemos uma incursão à parte do sul dos queretitas, e a Judá, e ao sul de Calebe; e pusemos fogo a Ziclague.
15 E disse-lhe Davi: Tu me levarás a essa tropa? E ele disse: Faze-me juramento por Deus que não me matarás, nem me entregarás nas mãos de meu amo, e eu te levarei a essa gente.
16 Então o levou-o; e eis que estavam dispersos sobre a face de toda aquela terra, comendo e bebendo e fazendo festa, por toda aquela grande presa que haviam tomado da terra dos filisteus, e da terra de Judá. 17 E feriu-os Davi desde aquela manhã até à tarde do dia seguinte: e não escapou deles nenhum, a não ser quatrocentos rapazes, que haviam subido em camelos e fugiram.
18 E livrou Davi tudo o que os amalequitas haviam tomado: e também libertou Davi a suas duas mulheres. 19 E não lhes faltou coisa pequena nem grande, tanto de filhos como de filhas, do roubo, e de todas as coisas que lhes haviam tomado: todo o recuperou Davi. 20 Tomou também Davi todas as ovelhas e gados maiores; e trazendo-o todo adiante, diziam: Esta é a presa de Davi.
21 E veio Davi aos duzentos homens que haviam restado cansados e não haviam podido perseguir a Davi, aos quais haviam feito restar no ribeiro de Besor; e eles saíram a receber a Davi, e ao povo que com ele estava. E quando Davi chegou à gente, saudou-os com paz. 22 Então todos os maus e perversos dentre os que haviam ido com Davi, responderam e disseram: Pois que não foram conosco, não lhes daremos da presa que tiramos, a não ser a cada um sua mulher e seus filhos; os quais tomem e se vão.
23 E Davi disse: Não façais isso, irmãos meus, do que nos deu o SENHOR; o qual nos guardou, e entregou em nossas mãos a caterva que veio sobre nós. 24 E quem vos escutará neste caso? Porque igual parte será a dos que vem à batalha, e a dos que ficam com a bagagem; que repartam juntos. 25 E desde aquele dia em diante foi isto posto por lei e ordenança em Israel, até hoje.
26 E quando Davi chegou a Ziclague, enviou da presa aos anciãos de Judá, seus amigos, dizendo: Eis aqui uma bênção para vós, da presa dos inimigos do SENHOR. 27 Aos que estavam em Betel, e em Ramote ao sul, e aos que estavam em Jattir; 28 E aos que estavam em Aroer, e em Sifmote, e aos que estavam em Estemoa;
29 E aos que estavam em Racal, e aos que estavam nas cidades de Jerameel, e aos que estavam nas cidades dos queneus; 30 E aos que estavam em Hormá, e aos que estavam em Corasã, e aos que estavam em Atace; 31 E aos que estavam em Hebrom, e em todos os lugares de onde Davi havia estado com os seus.
1 Então os filisteus lutaram com Israel, e os de Israel fugiram diante dos filisteus, e caíram mortos no monte de Gilboa. 2 E seguindo os filisteus a Saul e a seus filhos, mataram a Jônatas, e a Abinadabe, e a Malquisua, filhos de Saul. 3 E agravou-se a batalha sobre Saul, e lhe alcançaram os flecheiros; e teve grande temor dos flecheiros.4 Então disse Saul a seu escudeiro: Tira tua espada, e passa-me com ela, porque não venham estes incircuncisos, e me passem, e me escarneçam. Mas seu escudeiro não queria, porque tinha grande temor. Então Saul tomou a espada, e lançou-se sobre ela. 5 E vendo seu escudeiro a Saul morto, ele também se lançou sobre sua espada, e morreu com ele. 6 Assim morreu Saul naquele dia, juntamente com seus três filhos, e seu escudeiro, e todos os seus homens.
7 E os de Israel que eram da outra parte do vale, e da outra parte do Jordão, vendo que Israel havia fugido, e que Saul e seus filhos eram mortos, deixaram as cidades e fugiram; e os filisteus vieram e habitaram nelas. 8 E aconteceu o dia seguinte, que vindo os filisteus a despojar os mortos, acharam a Saul e a seus três filhos estendidos no monte de Gilboa;
9 E cortaram-lhe a cabeça, e tiraram-lhe as armas; e enviaram ao redor da terra dos filisteus, para que o noticiassem no templo de seus ídolos, e pelo povo. 10 E puseram suas armas no templo de Astarote, e colocaram seu corpo no muro de Bete-Seã.
11 Mas ouvindo os de Jabes de Gileade isto que os filisteus fizeram a Saul, 12 Todos os homens valentes se levantaram, e andaram toda aquela noite, e tiraram o corpo de Saul e os corpos de seus filhos do muro de Bete-Seã; e vindo a Jabes, queimaram-nos ali. 13 E tomando seus ossos, sepultaram-nos debaixo de uma árvore em Jabes, e jejuaram durante sete dias.